Nesta segunda-feira (12), a Galaxy Digital entrou com pedido de ETF de Bitcoin à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, sigla em inglês).
A solicitação veio dias depois do CEO da exchange, Mike Novogratz, fazer uma previsão sobre ETFs. Segundo ele, a entidade reguladora aprovaria o primeiro fundo de criptomoedas negociado publicamente no país.
De acordo com o pedido, a gestora de criptoativos tem interesse em atuar na Bolsa de Valores de Nova York, a NYSE.
Corrida por ETF
Com o mercado de criptomoedas em alta, a aprovação de um ETF de Bitcoin nos EUA é aguardada por investidores.
Depois da Grayscale anunciar o interesse em ETFs, a Galaxy Digital tratou de acelerar o seu pedido ao órgão regulador.
Embora a SEC esteja analisando a solicitação da Grayscale, Novogratz prevê um cenário pouco otimista para a subsidiária do Digital Currency Group.
“O que eu acho que vai acontecer é que a SEC vai permitir um ETF que seja melhor para o varejo. O ETF vai arrastar toda a nova liquidez e aquele prêmio sobre o Grayscale Trust vai entrar em colapso,” disse à época.
De acordo com Novogratz, esta visão pauta-se na evasão de investidores do fundo já existente para a bolsa de valores.
Interesse das empresas
Com sua crescente valorização, o Bitcoin ganhou espaço entre os investidores institucionais. No momento da redação, o BTC está cotado por R$ 340.724,51.
A corrida por ETFs na criptomoeda, principalmente nos EUA, tem o intuito de chamar atenção de investidores mais conservadores.
Caso o pedido da Galaxy em negociar na NYSE seja aprovado, além de ampliar seus produtos, a exchange também alcançará este público em potencial.
EUA está ficando para trás?
Alguns países já aprovaram EFTs em Bitcoin, inclusive o Brasil. No entanto, nesta disparada os EUA estão ficando para trás.
Após pedidos negados pela SEC, a comissária do órgão, Hester Peirce, mostra-se discordante de seus colegas.
Para Peirce, o excesso de cautela nesse processo poderá deixar os EUA em desvantagem frente a outras potências econômicas. Este momento, segundo a comissária, deve ser destinado a regulamentação de fundos.
“Vamos permitir que isso ocorra e adequar a regulação,” opinou a comissária.