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Ata do Copom reforça impactos da incerteza e risco fiscal na condução da política

Publicado 13.12.2022, 09:54
© Jessica Bahia Melo
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Por Jessica Bahia Melo

Investing.com - O Banco Central divulgou na manhã desta terça-feira, 13, a ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidiu pela manutenção da taxa de juros básica da economia brasileira, a Selic, em 13,75%. Os impactos do estímulo por meio de gasto público para a convergência da inflação à meta foram reforçados no documento. Segundo economistas, a expectativa consensual de redução nos juros pode ser alterada conforme aumentam os riscos fiscais.

De acordo com o documento, o ambiente externo continua adverso e volátil, diante das projeções de crescimento global abaixo do potencial no próximo ano, assim como o cenário inflacionário segue desafiador. O Copom continua atento à política monetária mundo afora em busca da redução da inflação por um período mais prolongado.

As projeções de inflação do Copom são de 6,0% para 2022, 5,0% para 2023 e 3,0% para 2024. Já as estimativas de inflação de preços administrados são de -3,6% para 2022, 9,1% para 2023 e 4,2% para 2024. “O Comitê optou novamente por dar ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente, que reflete o horizonte relevante, suaviza os efeitos diretos decorrentes das mudanças tributárias, mas incorpora os seus impactos secundários. Nesse horizonte, referente ao segundo trimestre de 2024, a projeção de inflação acumulada em doze meses situa-se em 3,3%”, indica o Copom, que avalia se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por um período suficientemente prolongado deve ser o suficiente para fazer com que a inflação possa convergir novamente à meta.

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Ainda conforme o documento, dados como o recuo na confiança e a desaceleração em concessões de crédito, reforçam a projeção de desaceleração na atividade econômica brasileira, o que “deve se acentuar nos próximos trimestres”.

Além disso, a ata reforça a incerteza sobre o cenário fiscal, apontando para serenidade na avaliação de riscos. “O Comitê reforça que seguirá acompanhando os desenvolvimentos futuros da política fiscal e seus potenciais impactos sobre a dinâmica da inflação prospectiva”, detalha o documento.

Segundo a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, a autoridade monetária indicou os riscos sobre a expansão fiscal. "Recado claro na ata do Copom sobre as propostas de expansão fiscal nesse momento da economia (quase pleno emprego e inflação ainda acima da meta), e sem antes discutir âncoras fiscais que tragam previsibilidade e reduzam o risco da dívida pública", destacou no Twitter.

Para Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG (BVMF:BPAC11), caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição for aprovada com espaço de R$ 200 bilhões para despesas extras no próximo ano, haveria um risco muito grande de que o Banco Central não possa reduzir os juros no ano que vem. “Se quiser o benefício da dúvida do mercado e consolidar o cenário de redução de taxa de juros no próximo ano pelo BACEN, acho que o governo deveria reduzir o tamanho da PEC da transição e definir fonte de financiamento para não termos um déficit primário tão elevado, que teria impacto indesejado no crescimento da dívida e no aumento dos riscos fiscais”, disse para sua rede no Linkedin.

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Para a Ativa Investimentos, o Copom indicou, conforme esperado, que o estímulo fiscal significativo deve ter maiores efeitos negativos sobre a inflação do que os pretendidos positivos sobre a atividade. “Sendo assim, aguardaremos o texto consolidado da PEC fura-teto para mensurar o quanto precisaremos elevar nossa perspectiva de juro para o final de 2023, que atualmente ainda está em 10,25%”, afirma o economista-chefe Étore Sanchez.

Segundo relatório da XP Investimentos (BVMF:XPBR31), a ata traz mais elementos hawkish na comparação com o comunicado da semana passada e reforça o entendimento de que o aumento do risco fiscal pode comprometer a convergência da inflação no médio prazo. "Por enquanto, não vemos a taxa Selic se movimentando tão cedo. Esperamos que a taxa Selic permaneça em 13,75% até o 1T24", diz Tatiana Nogueira, economista da XP.

Últimos comentários

Vagabundos POPULISTAS como Bozo e Lula tentando de todas as formas quebrar o país. Bolsa esmola virou normal
Corja de bandidos de volta a cena pública. Fazuele
é so a bolsa ameaça subir começar o terrorismo
Parem de pregar terrorismo. No governo lula 1 e 2, foi onde o Pib do brasil mais cresceu nos ultimos 50 anos.
Na verdade, após Fernando Henrique ter privatizado algumas estatais e ter deixado o caixa cheio o Governo Lula gastou todo o dinheiro e investindo quase nada em infraestrutura que proporciona crescimento economico e geracao de emprego. O Lula teve sorte, naqueles anos o mundo todo cresceu a taxas altas e o Brasil foi na carona, vendendo comodities. A realidade atual é oposta: Pre recessao mundial e crescimento negativo
Lula é bandido !!!
Com Hadad na economia e Mercadante no BNDE?? Socorro!!!
Segundo a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, pleno emprego, cada uma e ainda é economista chefe do Inter. O governo pega o mês de Dezembro que a contratação está em alta por causa das festa de fim de ano e coloca que o emprego está em alta mais são coisas temporárias. Passando as festas tudo volta ao normal
E os beneficios de mais renda entrando e mais gente consumindo tu calculou? Pesquisa mais antes de opinar
- então melhor aumentar o desemprego assim o faminto não consome e os números ficam bonitos (para alguns). Já pensou se os países ricos descobrem que economia boa é a que funciona para poucos? Talvez coloquem fogo nas fábricas...
Com esta desculpa o BC mantem a Selic a 200% da inflação, destruindo a economia das empresas, famílias e estado para satisfazer o mercado. Lamentável!!
- Já foi feito entre 2003/2014. Funcionou. Porque não funcionaria novamente? Além disso, quem tem fome não tem como esperar o bolo crescer para depois repartir. Essa teoria do Delfim nunca funcionou.
, os juros são usados para conter inflação de consumo, o que não ocorre no Brasil, pois todas as varejistas estão no vermelho e mesmo assim nenhum país decente do mundo pratica juros maior que inflação isso é um suicídio econômico, pesquise. Juros altos aumenta inflação quando empresas endividadas, como é a maioria das brasileiras repassam seus custos.
 este ano teremos um triste recorde de mais de 500 bilhões de nosso suado trabalho indo para pagamento de juros da dívida, que só não vai aumentar mais porque para a divida não tem teto de gastos e provavelmente o governo irá passar mais de 1 tri para amortização como em 2021.
Situação extremamente delicada para o Brasil, perspectiva de um fiscal muito frouxo, com expansão da dívida pública e seguidos déficits. Bom, vamos ver o que vai ser, eu torço pelo melhor, mas me preparo sempre para o pior, o que, infelizmente, acho que é o que vai acontecer!
Faz o L que melhora ou salve-se quem puder.
Faz uma arminha q passa. Vende e vai embora rsrs
Se querem colher frutos , plantem arvores e esperem elas se desenvolverem.
Simplismo. Enquanto crescem, morram de fome. O nome do jogo tem que ser equilíbrio.
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