Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - O crescimento do emprego nos Estados Unidos acelerou em novembro e a taxa de desemprego caiu para 3,7%, mesmo com mais pessoas entrando na força de trabalho, apontando para a potência subjacente do mercado de trabalho.
Cerca de 199.000 empregos foram criados fora do setor agrícola no mês passado, informou o Departamento do Trabalho. O emprego foi, em parte, impulsionado pelo retorno dos trabalhadores do setor automobilístico e de entretenimento após uma série de greves.
Os dados de outubro não foram revisados e seguiram mostrando a criação de 150.000 empregos.
Os economistas consultados pela Reuters previam a criação de 180.000 empregos. Cerca de 25.300 membros do sindicato United Auto Workers (UAW) encerraram suas paralisações contra as três grandes montadoras do país em 31 de outubro, segundo o relatório de greve do departamento, enquanto 16.000 membros do sindicato de atores SAG-AFTRA voltaram ao trabalho.
O relatório de emprego sugeriu que as expectativas do mercado financeiro de que o Federal Reserve poderia cortar os juros já no primeiro trimestre de 2024 são prematuras.
Espera-se que o banco central mantenha os juros inalterados na próxima quarta-feira. O Fed elevou sua taxa de juros em 525 pontos-base desde março de 2022, para a faixa atual de 5,25% a 5,50%.
Os ganhos de emprego estão bem acima dos 100.000 empregos mensais necessários para acompanhar o crescimento da população em idade ativa.
A taxa de desemprego caiu para 3,7%, de 3,9% em outubro, maior patamar em quase dois anos. O indicador havia aumentado do menor nível em 53 anos de 3,4% em abril. A alta, entretanto, foi impulsionada por um aumento na oferta de mão de obra, e não pela demissão de trabalhadores.
A média de ganhos salariais por hora aumentou 0,4%, após subir 0,2% em outubro. Isso manteve o crescimento anual dos salários em 4,0% em novembro.