Investing.com – A taxa de desemprego no país chegou a 8,6% no trimestre de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira,31. As informações dão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. O indicador aumentou 0,5 ponto percentual na comparação com o trimestre de setembro a novembro de 2022, cuja taxa era de 8,1%, mas recuou 2,6 p.p. em relação mesmo período do ano anterior, quando a desocupação tinha alcançado 11,2%.
Segundo o IBGE, a população desocupada apresentou elevação de 5,5%, ou 483 mil pessoas, em relação ao trimestre anterior, chegando a 9,2 milhões de pessoas.
A população desalentada atingiu 4,0 milhões de pessoas, mostrando estabilidade trimestral.
Além disso, o instituto informou que a taxa de informalidade reportada foi de 38,9% da população ocupada.O rendimento real habitual ficou estável na comparação trimestral, com média de R$ 2,853 mil, assim como a massa de rendimento real habitual, de R$ 275,5 bilhões.
O resultado não foi produto de um avanço na força de trabalho, reforça Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.
No trimestre, a força de trabalho, incluindo pessoas ocupadas e desocupadas, foi estimada em 107,3 milhões, uma retração de 1,0%, ou menos 1,1 milhão de pessoas em relação ao trimestre finalizado em novembro de 2022.
“Mediante a perspectiva de desaceleração da atividade, que deverá restringir a força da ocupação e uma retomada do crescimento da força de trabalho, mesmo que vegetativamente, esperamos que o desemprego siga o curso ascendente.”
Maykon Douglas, economista da Highpar, avalia que parte dos números mais fracos neste início de ano é fruto da tradicional demissão de trabalhadores temporários contratados no fim do ano passado. No entanto, pondera que "o mercado de trabalho continua mais tímido".