Por Yiming Woo e Antony Paone
PARIS (Reuters) - Franceses relutantes aceitaram se vacinar agora que as autoridades estão prestes a endurecer a cobrança de passes de saúde obrigatórios para se entrar em restaurantes, trens e espaços públicos.
A partir desta semana, os cidadãos têm que mostrar os passes em locais públicos, provando que ou se vacinaram, ou tiveram um exame de coronavírus negativo recentemente.
Embora a polícia tenha instruções para ser tolerante na primeira semana, o governo promete ser mais rígido nas verificações dos passes de saúde a partir da próxima semana.
Como os exames não serão mais gratuitos a partir de outubro, muitos foram a centros de vacinação contrariados para obterem o passe e poder continuar vivendo normalmente.
"Precisamos nos vacinar para poder fazer coisas que precisamos fazer, porque fazer um exame de antígeno todas as vezes para o passe de saúde é bastante incômodo", disse Charazede Benamirouche em um centro de vacinação da cidade de Saint-Quentin, no norte francês.
Yasmina M'Baraka, funcionária de um centro de distribuição que recebeu a primeira dose, estava igualmente desanimada.
"Sinto-me forçada a receber a vacinação... para desfrutar da minha liberdade, desfrutar da minha vida de mulher de 31 anos", disse.
Profissionais de saúde dos centros disseram que, embora nos primeiros meses da ofensiva vacinal alguns pacientes agradecidos levassem doces ou pequenos presentes ou deixassem notas gentis no livro de visitantes, agora a maioria vai se vacinar de má vontade.