Madri, 3 ene (EFE).- O desemprego aumentou em 17.665 pessoas na Catalunha durante o último trimestre de 2017, sete vezes mais do que no mesmo período do ano anterior (2.564), e desapareceram da região 2.188 postos de trabalho, frente aos 10.859 criados entre outubro e dezembro de 2016.
O Ministério de Emprego atribuíu nesta quarta-feira estes dados "preocupantes" à crise política da Catalunha, onde as anteriores autoridades regionais promoveram um processo separatista convocando um referendo para 1 de outubro.
Posteriormente, em 27 de outubro, o Parlamento catalão aprovou uma declaração a favor da independência unilateral, o que levou o Executivo espanhol, amparado na Constituição, a destituir todo o governo da Catalunha e realizar eleições em 21 de dezembro.
De acordo com os dados anuais publicados hoje, a Catalunha encerrou 2016 com 62.023 desempregados a menos, montante que foi reduzido para 35.627 em 2017.
Desta maneira, passou de segunda região espanhola com maior redução do desemprego em 2016, 12,03%, a ocupar o 11° posto (de 17) em 2017, com 7,85%.
Com relação aos dados da Previdência Social, as diferenças não são tão significativas em comparação com o resto de regiões, embora haja uma desaceleração ou estabilização da evolução das afiliações, de acordo com as autoridades espanholas.
Se em 2016 a Catalunha liderou a ocupação com 119.185 filiados a mais à Previdência Social, ao término de 2017 se situou em segundo lugar, atrás de Madri, com um aumento de 110.747 empregados.