Investing.com - O Banco Fibra revisou as suas estimativas para a Selic em 2017 e agora estima o juro a 7% no final do ciclo de afrouxamento monetário, o que considera uma tesourada agressiva de 1,25 ponto percentual na reunião do Copom deste mês (31) e a continuidade dos cortes até a última reunião em dezembro (6), quando a taxa cairia de 8% para 7%.
A projeção do economista Cristiano Oliveira é mais acentuada que a média do mercado, como mostra o último relatório Focus do Banco Central. Nele, o consenso aponta há cinco semanas para o nível de 8,5%. Oliveira considera que o governo tem conseguido encaminhar as reformas econômicas estruturais e, em poucos meses, recuperar a credibilidade que fora arranhada anteriormente.
“Dito isso, parece razoável acreditar que a taxa de juros real neutra seja hoje mais baixa e esteja em trajetória decrescente tanto por motivos conjunturais quanto por motivos estruturais”, ressalta. Ele calcula que a taxa neutra nos próximos 12 a 18 meses esteja em torno de 3,8%.
“Outro ponto que deve ser lembrado é que com a atual política fiscal restritiva, é necessário que ocorra redução da taxa de juros real a níveis abaixo do seu patamar neutro para a recuperação da atividade econômica, dado o atual contexto de forte ociosidade dos fatores de produção”, destaca. Considerando uma inflação de 4,2% em 2019 e uma Selic de 7%, a taxa de juros real cairia a 2,69% ao ano, “nível consideravelmente abaixo daquele que estimamos como neutro”.
Por Money Times