PEQUIM (Reuters) - O banco central da China vai ampliar o apoio à economia melhorando seu mecanismo de transmissão da política monetária, afirmou o presidente da autoridade monetária, Yi Gang, em declarações publicadas nesta quarta-feira.
Autoridades prometeram ampliar o apoio este ano, após uma série de medidas em 2018 incluindo a aceleração de projetos de infraestrutura e cortes na taxa de compulsório dos bancos, em meio à disputa comercial com os Estados Unidos.
"O apoio financeiro para a economia real não enfraqueceu conforme o crescimento econômico desacelera. Em vez disso, o suporte aumentou para refletir ajustes contracíclicos", disse Yi segundo a agência de notícias oficial Xinhua.
O Banco do Povo da China disse na sexta-feira que estava cortando o volume de dinheiro que os bancos precisam manter como reserva pela quinta vez em um ano, liberando até 116 bilhões de dólares para novos empréstimos conforme tenta reduzir o risco de uma forte desaceleração econômica.
A primeira operação do instrumento direcionado de empréstimo de médio prazo entrará em funcionamento este mês, disse Yi.
"Essas medidas ajudarão a manter a liquidez razoavelmente ampla, manter a taxa de juros estável e guiar o crescimento razoável do dinheiro e do crédito", disse Yi.
O banco central precisa melhorar mais o mecanismo de tranmissão de política monetária tanto do lado da demanda quanto da oferta, dado que a demanda por financiamento diminui conforma a economia desacelera, enquanto o apetite por risco dos bancos também caiu, disse Yi.
"A chave para melhorar o mecanismo de transmissão da política monetária é estabelecer um mecanismo de incentivo para bancos e aumentar de forma ativa o apoio para a economia real", disse Yi.
A China vai avançar com sua desalavancagem estrutural uma vez que os riscos financeiros expostos anteriormente foram enfrentados de uma maneira ordenada, completou Yi.
Os riscos financeiros da China estão sob controle, enquanto a proporção da alavancagem macro está basicamente estável, disse ele.