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BCE deve manter taxas e mercado foca no QE; veja a opinião de analistas

Publicado 19.01.2017, 06:00
© Reuters.  Mercados buscam indicações de Draghi sobre quando o BCE começará a reduzir os estímulos
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Investing.com – Na expectativa pela reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) nesta quinta-feira (19/1), os analistas do mercado acreditam na manutenção das taxas de juros e do programa de compra de ativos, embora o presidente da autoridade monetária, Mario Draghi, possa dar indicações de quando ocorrerá uma redução do estímulo.

A decisão sobre taxa de juros do BCE está marcada para as 10h45, embora não haja grandes expectativas de mudança, após o banco central surpreender os mercados em dezembro ao afirmar que estenderia as compras mensais de títulos da dívida até o fim do ano com a redução do valor total em € 20 bilhões, para € 60 bilhões, a partir de abril.

Baseando-se nas medidas políticas adotadas em dezembro, o Morgan Stanley (NYSE:MS) descartou a possibilidade de nova atuação na política nesta reunião. "No geral, os investidores devem se concentrar em como o crescimento mais sólido e os dados de inflação estão influenciando o modo de pensar do BCE", afirmaram analistas da empresa, em uma nota a clientes.

Um crescimento da inflação, tanto na Alemanha quanto na zona do euro, fez com que os economistas alemães pedissem imediatamente a elevação dos juros ao BCE, além da redução gradual do estímulo monetário.

A inflação geral da região saltou para 1,1% em dezembro, ante 0,6% em novembro, mas especialistas do Brown Brothers Harriman acreditam que Draghi pode insistir que dados de um mês não são suficientes para causar uma mudança na política. "Além do cuidado para não se tirar conclusões com base em dados de apenas um mês, ele pode destacar que o crescimento da inflação geral foi gerado principalmente pelos preços do setor energético", acrescentaram.

O núcleo da inflação ficou em apenas 0,9% em dezembro, muito abaixo da meta de 2% do BCE. O Goldman Sachs destacou esta diferença entre a inflação geral e a de núcleo em uma nota aos clientes: "Efeitos negativos na base da economia em janeiro e fevereiro devem aumentar os níveis da inflação geral, que nossos economistas projetam em 0,8% em 2017 e 2018, muito abaixo das estimativas do BCE", afirmou o corretor.

Economistas na Moody's Analytics destacaram que o aumento da inflação na Alemanha pode instigar os que se opõem ao quantitative easing. "Ainda assim, acreditamos que qualquer conversa sobre redução de compra de ativos é prematura e esperamos que o BCE vá esperar até que o crescimento dos preços esteja sustentável e as incertezas políticas diminuam", afirmaram.

Uma pesquisa recente da Reuters revelou que acredita-se que o próximo movimento do BCE, depois de abril, quando reduzirá a compra mensal de títulos, será a redução do programa de quantitative easing (injeção de dinheiro novo na economia), mencionando sinais de estabilização econômica e aumento da inflação.

Seguindo a mesma linha, os analistas da Standard & Poor's afirmaram que "a política monetária deve continuar acomodativa até que o núcleo da inflação experimente um ajuste continuado em sua trajetória, provavelmente não antes de 2018".

Analistas na UBS também esperam que o BCE continue a diminuição, já que a redução da compra de ativos já é esperada, até o início de 2018. "Neste cenário, a decisão do BCE de reduzir o programa pode vir em 7 de setembro ou, no máximo, em 14 de dezembro", previram os analistas.

No entanto, economistas do Deutsche Bank reconheceram que um anúncio de diminuição pode vir mais cedo. "Se as tendências atuais dos dados persistirem, a decisão definitiva pela redução pode acontecer em junho em vez de em setembro, mas as previsões mais seguras são para setembro", sugeriram, notando que "o meio do ano é a época mais cedo em que um núcleo da inflação menos convincente possa satisfazer as condições mínimas para um aperto de política".

Com este panorama, o UBS destacou que eles esperam que Draghi fale sobre estes assuntos na coletiva de imprensa: “a) os PMIs surpreendentemente firmes na zona do euro e o aumento da inflação em dezembro e as implicações disso no panorama da política monetária; b) as medidas atuais para lidar com os desafios no setor bancário italiano; c) os resultados da nova pesquisa sobre empréstimos dos bancos do BCE,bem como; d) as consequências de uma potencial mudança de política econômica dos EUA na Europa e na política monetária do BCE”.

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