Pequim, 8 ago (EFE).- A China decidiu nesta quarta-feira impor tarifas de 25% a uma nova seleção de produtos importados dos Estados Unidos no valor de US$ 16 bilhões, depois de revisar a segunda parte da lista de produtos sujeitos a encargos.
Este novo rodízio de tarifas entrará em vigor às 12h01 (1h01, em Brasília) de 23 de agosto, segundo explicou a Comissão de Alfândegas do país, e se somará às já aplicadas a produtos no valor de US$ 34 bilhões.
Para atualizar essa lista, a Comissão de Alfândegas contou com o assessoria dos departamentos governamentais pertinentes, associações industriais e empresas, com o objetivo de "proteger os interesses das companhias e consumidores domésticos", segundo recolheu a agência "Xinhua".
Em junho, as autoridades do país divulgaram uma lista de produtos procedentes dos EUA por um valor total de US$ 50 bilhões aos quais seriam impostos encargos caso o presidente americano, Donald Trump, decidisse aplicar tarifas por esse mesmo valor a produtos chineses importados.
Após a decisão de Trump de aplicar encargos por US$ 34 bilhões a produtos importados da China - principalmente tecnológicos -, Pequim respondeu com uma primeira onda de tarifas a bens americanos pelo mesmo valor, sobretudo agrícolas e, concretamente, soja.
Esta reação levou Trump a ordenar a imposição de novas tarifas de 10% a produtos importados da China no valor de US$ 200 bilhões, em represália à resposta de Pequim, uma medida que levou o Ministério chinês de Comércio a apresentar uma denúncia formal perante a Organização Mundial do Comércio (OMC).
No entanto, a tensão seguiu aumentando e Trump ameaçou com aumentar de 10% para 25% as tarifas já aplicadas e impor novos impostos a mais produtos procedentes da China no valor de US$ 500 bilhões, no que seria a terceira bateria de encargos ao país asiático neste ano.
Pequim não tinha respondido por enquanto a estas ameaças e manteve a tese pacífica de que "as ameaças dos EUA não funcionarão", mas hoje surpreendeu com o anúncio de novas tarifas.