As cinco principais notícias desta quarta-feira, 05 de outubro, sobre os mercados financeiros são:
1. BCE pode reduzir programa de compra de títulos
Relatório publicado pela Bloomberg na tarde de ontem mostrou que o Banco Central Europeu chegou a um consenso informal para encerrar gradualmente a compras mensais de títulos antes do fim de seu programa de € 80 bilhões (US$ 90 bilhões) até março. De acordo com o relatório, o BCE poderá reduzir em etapas de € 10 bilhões (US$ 11,2 bilhões) por mês, citando fontes anônimas.
O BCE negou posteriormente que o Conselho tenha debatido o assunto.
O euro sobe 0,15% para US$ 1,1220, mantendo a tendência de ontem, quando a moeda oscilou fortemente com a especulação sobre a política monetária do BCE.
2. Libra cai abaixo de US$ 1,27 pela primeira vez em 31 anos
A libra esterlina caiu para o nível mais baixo contra o dólar desde 1985, com receios de um Brexit mais 'duro', o que ainda empurrou a moeda para uma mínima de cinco anos contra o euro.
O par GBP/USD caiu até 1,2686, antes de recuperar para 1,2717, encerrando mais ou menos sem alterações no dia. Contra o euro, a libra esterlina caiu para 0,8843, um nível que não é visto desde de agosto de 2011. O EUR/GBP terminou o pregão a 0,8825.
A libra caiu 2% esta semana contra seus principais rivais em meio a crescentes preocupações de que a separação da Grã-Bretanha da União Europeia poderá ser mais difícil e ter graves consequências econômicas.
3. Ações globais caem com possibilidade de redução de estímulos do BCE e com dados dos EUA em foco
Os futuros dos EUA apontaram para uma abertura em leve baixa na manhã de quarta-feira, com os investidores de olho em mais dados econômicos americanos para identificar pistas sobre a probabilidade de um aumento na taxa de juros em dezembro.
Os EUA divulgam o relatório de emprego ADP de setembro às 9h15. Às 10h, o ISM publica seu índice de atividade não-industriais de setembro.
Enquanto isso, as ações europeias e do Reino Unido estão em queda no meio da manhã, com os mercados abalados pelo relatório divulgado pela Bloomberg sinalizando uma possível retirada do programa de compras de títulos do Banco Central Europeu, além do receio dos investidores sobre a saída da Grã-Bretanha da União Europeia.
Mais cedo, as bolsas asiáticas terminaram majoritariamente em queda, de olho no mesmo relatório e com investidores digerido comentários mais hawkish de diretores o Fed.
4. O petróleo em altas de 4 meses antes do dado de estoques dos EUA
Os preços do petróleo atingiram ontem o nível mais alto desde junho, com os investidores aguardando a atualização semanal dos dados sobre os estoques de petróleo e derivados dos EUA.
A agência de energia dos EUA vai divulgar seu relatório semanal sobre o mercado de petróleo às 11h30 desta quarta-feira, em meio às expectativas dos analistas de um aumento nos estoques da ordem de 2,56 milhões de barris.
Após o fechamento dos mercados na terça-feira, o Instituto Americano do Petróleo (API) informou que estoques de petróleo dos EUA surpreendentemente caíram 7,6 milhões de barris na semana encerrada em 30 de setembro.
O petróleo nos EUA subiu 80 centavos, ou 1,6%, para US$ 49,50/barril, enquanto o Brent avançou 85 centavos, ou 1,65%, para US$ 51,72 por barril.
5. Ouro se recupera de mínimas de três meses e meio
Os preços do ouro avançaram na quarta-feira, deixando uma mínima de três meses e meio meses, após o dólar sair de sua máxima de dois meses e com as ações globais em queda.
O ouro na Comex do New York Mercantile Exchange ganhou US$ 6,15, ou 0,5%, para US$ 1.275,85 uma onça-troy. O contrato caiu para US$ 1.268,60 mais cedo, um nível não visto desde 24 de junho. Na terça-feira, os preços despencaram de US$ 43,00, ou em 3,28%, sua maior queda percentual de um dia desde setembro de 2013.