SYDNEY (Reuters) - Eleitores começaram a votar em uma eleição suplementar de Sydney neste sábado que pode determinar o futuro do primeiro-ministro australiano Malcolm Turnbull, que pretende reconquistar a maioria no Parlamento e garantir sua liderança.
A campanha de eleição ao assento de Bennelong tem sido disputada entre o candidato do governo de centro-direita, ex-estrela do tênis John Alexander, e a oposicionista trabalhista Kristina Keneally, ex-premiê de alto escalão de New South Wales, estado mais populoso da Austrália.
O resultado da eleição pode ter sérias repercussões para a coalizão conservadora de Turnbull. Caso Alexander perca, o governo será forçado a governar em minoria e dependerá do apoio de deputados independentes.
John Warhurst, professor de ciência política da Universidade Nacional Australiana em Canberra, afirmou que a posição de Turnbull ficará insustentável caso o governo perca a eleição suplementar.
Alexander disputa novamente o cargo após renunciar no início de novembro, depois de ser varrido por uma crise de cidadania que até agora fez 10 deputados deixarem o Parlamento, forçados por decisões judiciais ou por escolha própria.
Ele deixou o Parlamento por acreditar que poderia ter dupla cidadania, o que desde então revogou. A Constituição Australiana barra estrangeiros de sentarem no Parlamento para evitar comprometimento.
(Reportagem de Colin Packham em Sydney e Alana Schetzer)