Por Andrea Hopkins e Leigh Thomas
WHISTLER, Colúmbia Britânica (Reuters) - Líderes de finanças dos principais aliados dos Estados Unidos expressaram irritação diante das tarifas de importação de metais do governo Trump, mas encerraram um encontro de três dias no Canadá neste sábado sem soluções, estabelecendo as condições para uma cúpula do G7 na próxima semana em Quebec.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, fracassou em aliviar as frustrações do grupo por causa das tarifas de 25 por cento sobre o aço e 10 por cento sobre o alumínio que Washington impôs nesta semana.
"Ministros de Finanças e líderes dos Bancos Centrais pediram que o secretário do Tesouro dos Estados Unidos comunique suas preocupações unânimes e descontentamento", disse o grupo em um comunicado redigido pelo Canadá.
"Ministros e dirigentes concordaram que a discussão deve continuar na Cúpula dos Líderes em Charlevoix (Quebec), onde ações decisivas serão necessárias", informa a nota.
Todos os seis outros países do G7 agora pagam tarifas, que são visam conter a produção excessiva na China. O assunto dominou as rodas de discussão no encontro de finanças no retiro de montanha canadense de Whistler, na Colúmbia Britânica.
O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, disse que os Estados Unidos têm apenas alguns dias para evitar o início de uma guerra comercial com seus aliados, e que é responsabilidade dos EUA tomar medidas para aliviar as tensões sobre as tarifas.
Ao falar após a reunião, Le Maire disse que a UE estava preparada para tomar medidas retaliativas contra as novas tarifas dos EUA.
A reunião dos principais formuladores de políticas econômicas do mundo foi vista como um prelúdio para as disputas comerciais que irão dominar a conferência do G7, que começa na próxima sexta-feira em Quebec.
Mnuchin é visto como uma das vozes mais moderadas em relação ao comércio no governo Trump.
As tarifas de aço e alumínio dos EUA foram impostas no início da sexta-feira depois que Canadá, México e União Europeia se recusaram a aceitar cotas em negociações com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross. Produtores de metais japoneses já pagam as tarifas desde 23 de março.
Autoridades na reunião do G7 disseram que as tarifas dificultam o trabalho em conjunto do grupo para confrontar as práticas comerciais da China.
(Reportagem adicional de David Lawder, David Milliken, Gernot Heller, Leika Kihara e Jan Strupczewski)
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447765)) REUTERS TR