Atenas, 27 nov (EFE).- O Governo da Grécia vê a possibilidade de que o resgate se prolongue até 2015 perante a impossibilidade de chegar a um acordo com a troika sobre a atual revisão do programa de ajuste.
O vice-primeiro-ministro da Grécia, Evangelos Venizelos, anunciou hoje que "por motivos técnicos" o programa de resgate poderia "se prolongar por uns dois dias ou algumas semanas".
"O objetivo é conseguir o desembolso da última parcela até o dia 31 de dezembro. Se por razões técnicas não se podem completar alguns procedimentos poderia haver uma extensão, mas não um novo resgate", disse.
Venizelos fez estas declarações depois de se reunir com o primeiro-ministro, Antonis Samaras, com quem falou da recente reunião em Paris entre membros do governo grego e os representantes da troika de credores.
A reunião terminou com poucos avanços e sem acordo em pontos-chave, como a dissidência em relação à quantia do "buraco" financeira em 2015, segundo reconheceram à imprensa grega fontes governamentais.
Enquanto os credores (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) partem do princípio que no orçamento geral de 2015 se abra um déficit de financiamento de até 3,6 bilhões de euros, o Governo sustenta que não existe tal "buraco".
Os estados da zona do euro, no entanto, deveriam aprovar a extensão do programa, como também depende deles se a Grécia vai obter em 2015, como estava previsto inicialmente, um crédito preventivo.
Esta linha de crédito reforçada substituiria no próximo ano o atual resgate e estaria submissa a condições menos severas que as de um resgate propriamente dito.
O grupo europeu de trabalho se reúne hoje em Bruxelas para analisar esta eventual prorrogação.