Bruxelas, 20 mar (EFE).- O governo da Grécia se comprometeu nesta sexta-feira a entregar "rapidamente" e "nos próximos dias" a seus sócios da zona do euro uma lista com propostas de reformas, que será analisada em seguida pelos técnicos.
Os presidentes do Conselho Europeu, da Comissão Europeia e do Eurogrupo emitiram hoje um comunicado no qual destacam que "as autoridades gregas proporão reformas e apresentarão uma lista completa com elas nos próximos dias", em cumprimento do acordo alcançado em 20 de fevereiro.
Nessa data, o Eurogrupo concedeu a Atenas uma prorrogação de quatro meses de seu resgate em troca da adoção de uma lista de reformas detalhada e pactuada com seus sócios da zona do euro antes do final de abril.
Os líderes das instituições ressaltaram também que, "em espírito de confiança mútua, nos comprometemos todos a acelerar o trabalho e a conclui-lo o mais rápido possível".
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, se reuniu hoje durante pouco mais de três horas com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e os presidentes da França, François Hollande; da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker; do Banco Central Europeu, Mario Draghi; do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, e do Conselho Europeu, Donald Tusk, para abordar a grave situação financeira de seu país.
Ao término da reunião, Merkel disse em entrevista coletiva que Tsipras tinha se comprometido, "assumindo plena responsabilidade, a propor reformas e a enviar uma lista muito rapidamente, nos próximos dias".
A chanceler alemã explicou que, enquanto na ocasião anterior a Grécia enviou uma lista "não tão específica", agora tem que repassar a seus sócios da zona do euro "uma lista completa que abre a possibilidade de avaliar, no marco do programa de assistência financeira prorrogado, se elas se ajustam ao que deve cumprir em relação ao superávit primário e outras exigências".
Os líderes deixaram claro a Tsipras que "só pode haver dinheiro se antes forem cumpridas as exigências descritas no acordo de 20 de fevereiro".
Por sua vez, o primeiro-ministro grego comentou que seu país "não tem mais a obrigação de aplicar as medidas que provocam a recessão" e garantiu que seu governo apresentará e aplicará suas próprias reformas estruturais.
"Voltamos a encarrilhar o processo, todas as partes confirmaram sua vontade de cooperar para fazer frente a todas as dificuldades", salientou Tsipras.
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