Por Marcelo Silva
Investing.com - Os ânimos devem seguir exaltados na penúltima sessão da semana. Os operadores do Ibovespa devem digerir a decisão de política monetária dos Estados Unidos, a atualização da avaliação do Brasil pela Moody’s e novidades da chamada lista de Janot.
O movimento das commodities nos mercados internacionais também deve ser assimilado pelos investidores nesta quinta-feira.
Segundo Luiz Roberto Monteiro, operador institucional da Renascença Corretora, “os agentes locais devem dividir atenções ao longo do pregão, mas as boas novas do cenário econômico podem se sobrepor ao noticiário político agitado˜.
A decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de elevar a taxa marginalmente à taxa de juros e os sinais da presidente da autoridade monetária do país, Janet Yellen, de que novos aumentos da taxa de juros devem ocorrer até o final do ano continuarão no radar dos agentes domésticos.
A decisão do banco central da China de elevar o juro de curto prazo também será acompanhada de perto. A iniciativa é vista como uma tentativa de conter as saídas do capital e manter a estabilidade do yuan depois que o Fed bateu o martelo sobre a alta da taxa de juros.
Por aqui, os agentes digerem a decisão da Moody’s de manter o rating do Brasil em “Ba2”. Além disso, a agência de classificação de risco elevou a perspectiva de negativa para estável. A informação foi divulgada após o fechamento dos mercados na sessão anterior. Em seu comunicado, a Moody’s destacou a melhora apresentada pela economia brasileira e a queda da inflação.
O leilão dos aeroportos de Salvador, Porto Alegre, Florianópolis e Fortaleza também estará no radar dos investidores locais.
Além disso, os agentes devem operar de olho no eventual vazamento de novos nomes da lista que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), com pedidos de abertura de inquéritos decorrentes da delação premiada dos ex-executivos da Odebrecht.