Os investidores domésticos devem operar de olho em Brasília nesta quinta-feira (2). Além da eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, o Supremo Tribunal Federal (STF) realiza o sorteio para definir quem será o relator dos processos da Operação Lava Jato na Corte.
As atenções estarão voltadas para a disputa do comando da Câmara. Tudo indica que o atual presidente da Casa Rodrigo Maia (DEM) conseguirá ser reconduzido ao cargo. Na noite de ontem, o ministro Celso de Mello, do Supremo, rejeitou três pedidos que pediam para que o tribunal barrasse a candidatura à reeleição de Maia. Só depois disso, ele fez o registro para participar da disputa. O democrata tem como adversários André Figueiredo (PDT), Jovair Arantes (PTB), Júlio Delgado (PSB) e Luiza Erundina (PSOL).
Outro fato que deve atrair a atenção dos investidores é o sorteio do novo relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O nome será sorteado entre os magistrados da Segunda Turma do Supremo, que é composta pelos ministros Celso de Mello, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin. Este último se dispôs a trocar da Primeira para a Segunda Turma, em uma ação coordenada entre os magistrados para completar a segunda turma, desfalcada após a morte de Teori Zavascki. A presidente do STF aprovou a transferência na noite desta quarta-feira (1).
A escolha de Eunício Oliveira (PMDB) como novo presidente do Senado também deve estar no radar dos agentes locais. Ele teve o apoio de 61 dos 81 senadores votantes. A eleição do peemedebista garante ao governo do presidente Michel Temer (PMDB) tranquilidade sobre o compromisso do Senado com a atenta de ajuste fiscal e de reformas do Palácio do Planalto.
Além disso, os investidores devem digerir a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que aconteceu no final da tarde de ontem. A autoridade monetária norte-americana manteve suas taxas de juros, mas projetou cenário relativamente positivo da economia, sugerindo que estava no caminho para apertar a política monetária em 2017. Essa foi a primeira decisão da taxa de juros após Donald Trump ter tomado posse na presidência da República dos Estados Unidos e surpreendido o mundo com o alcance de suas ordens executivas.