TÓQUIO (Reuters) - Autoridades japonesas, que não vão tão longe a ponto de financiar os gastos do governo pela monetização direta da dívida, podem buscar uma agressiva expansão fiscal e monetária para combater a deflação, dizem fontes familiarizadas com o assunto.
Nos últimos dias os mercados japoneses têm visto fortes especulações de que o governo vai recorrer ao uso do que se chama de "dinheiro de helicóptero", em que um banco central financia diretamente o estímulo orçamentário através de programas como bônus perpétuos.
Com o primeiro-ministro, Shinzo Abe, preparando um grande pacote de gastos para ser anunciado ainda neste mês, o banco central japonês continuará sob pressão para expandir o estímulo monetário na sua revisão dos juros nos dias 28 e 29 de julho, dizem analistas.
Autoridades do governo e do banco central dizem que não há nenhuma chance de que o Japão vá lançar mão em ter o banco central monetizando a dívida para financiar os gastos do governo, tais como a compra de bônus perpétuos para permitir que o governo aumente os gastos sem pagar a dívida.
O termo "dinheiro de helicóptero" foi cunhado pelo economista norte-americano Milton Friedman e ganhou popularidade depois que o ex-chairman do Federal Reserve, banco central norte-americano, Ben Bernanke, o citou em um discurso em 2002, quando falou sobre como bancos centrais poderiam financiar orçamentos governamentais diretamente como uma maneira de combater a deflação.
(Por Leika Kihara)