Por Herbert Lash
NOVA YORK (Reuters) - O dólar norte-americano se recuperou e as ações mundiais alcançaram uma máxima de seis meses nesta sexta-feira, após o anúncio de medidas na China para impulsionar o consumo doméstico alimentar um rali puxado por apostas de investidores de que a mais recente tensão comercial entre EUA e China não deverá prejudicar o crescimento global.
Os índices acionários de referência dos EUA S&P 500 e Dow Industrials alcançaram máximas recordes pela segunda sessão consecutiva, embora o S&P tenha fechado em baixa, assim como o Nasdaq.
O índice MSCI, que mede o desempenho de ações em todo mundo, avançou 0,3 por cento e atingiu o maior nível desde 13 de março.
A libra esterlina caiu e impulsionou o dólar após a primeira-ministra britânica, Theresa May, dizer que as negociações do Brexit chegaram a um impasse e que a União Europeia deve oferecer um plano alternativo após os líderes do bloco rejeitarem seu plano.
A libra caiu 1,42 por cento, maior queda diária desde junho de 2017.
"As pressões de baixa da libra estão aí com força total. Eles pressionaram a libra agressivamente nesta manhã", disse Dean Popplewell, estrategista-chefe de divisas da Oanda, em Toronto, no Canadá.
O dólar se recuperou de perdas de mais cedo, mas ainda caminhava para a sua maior queda semanal diária desde fevereiro, à medida que o rali no mercado de ações e o aumento dos rendimentos de títulos alimentaram uma corrida de compras de ativos de maior risco. O índice do dólar subiu 0,32 por cento, a 94.216 pontos contra uma cesta das principais moedas.
Um rali nos mercados chineses ajudou a elevar o índice mais amplo do MSCI de ações da região Ásia-Pacífico, excluindo o Japão, em 1,24 por cento, em parte por expectativas de que Pequim injetará mais recursos em sua economia para lidar com a guerra comercial.