Por David Lawder
WASHINGTON (Reuters) - A renegociação do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês) com o Canadá e o México será a prioridade na área comercial da administração do presidente eleito Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira o secretário indicado do comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, em sua audiência de confirmação.
Ross também afirmou ao Comitê de Comércio, Ciência e Transporte do Senado que a China é o país "mais protecionista" entre as grandes economias.
Trump tem criticado o Nafta e as práticas comerciais da China, acusando ambos de provocar perdas de milhões de empregos na indústria dos Estados Unidos. Ele tem prometido renegociar o Nafta para ser mais favorável à indústria norte-americana, ou deixará o pacto comercial de 23 anos.
"O Nafta é logicamente a primeira coisa com a qual vamos lidar", disse Ross. "Temos que solidificar as relações da melhor maneira que pudermos em nosso território antes de irmos para outras jurisdições."
Ross afirmou que, trabalhando em conjunto com o representante de comércio dos EUA e o novo Conselho de Comércio Internacional da Casa Branca, ele buscará reduzir as barreiras da China ao comércio.
Ele acrescentou que as autoridades chinesas "falam muito mais em comércio livre do que realmente praticam. Gostaríamos de nivelar esse campo e deixar as realidades um pouco mais próximas da retórica."