BRASÍLIA (Reuters) - Parentes de policiais militares continuam na manhã deste sábado bloqueando a entrada dos batalhões no Espírito Santo, apesar do anúncio da noite de sexta-feira, por parte do governo capixaba, de que havia chegado a um acordo com entidades e associações para encerrar a paralisação da PM no Estado, informa a Agência Brasil.
Segundo informações da Agência Brasil e imagens da Globo News, as mulheres e mães dos PMs seguem acampadas em frente aos batalhões, bloqueando a saída dos policiais, uma vez que não participaram da negociação com o governo.
O acordo anunciado na sexta previa que os policiais que retornasse ao trabalho às 7h de sábado não sofreriam punições.
A greve, que já dura uma semana, levou o governo federal a enviar mais tropas na tentativa de encerrar uma semana de anarquia no Estado, onde mais de 120 pessoas foram mortas.
O Espírito Santo é um dos vários Estados que enfrentam uma crise orçamentária que está prejudicando serviços públicos essenciais para milhões de cidadãos. A greve policial na última semana, por causa de salários levou a uma crise de segurança, com roubos e saques, muitas vezes em plena luz do dia.
Um porta-voz do sindicato dos policiais no Estado disse que o número de mortos no período aumentou para 122, sendo que muitos deles seriam de gangues criminosas rivais. Autoridades do Estado não confirmam oficialmente o número de mortos.
(Texto de Leonardo Goy)