TÓQUIO (Reuters) - O banco central do Japão vai levar em consideração o pacote de estímulos fiscais planejado pelo governo ao produzir novas projeções trimestrais neste mês, o que ajudará a moderar qualquer corte nas suas previsões de inflação, disseram fontes familiarizadas com a questão.
O impulso ao crescimento do pacote fiscal e o adiamento da alta do imposto sobre as vendas prevista para o próximo ano deve tirar alguma pressão do banco central para expandir o já forte programa de estímulos, dizem alguns analistas.
O Banco do Japão normalmente reluta em levar em conta o efeito de pacotes de estímulos fiscais a não ser que detalhes, incluindo o tamanho real dos gastos, estejam finalizados e anunciados pelo governo.
O primeiro-ministro, Shinzo Abe, ainda não anunciou o tamanho de seu pacote de estímulos e pode não finalizar o volume antes da reunião de política monetária do banco central nos dias 28 e 29 de julho, quando o banco fará uma revisão trimestral de suas projeções de crescimento e preços.
Mas o Banco do Japão deve levar em consideração o impacto do pacote, que segundo analistas pode chegar a cerca de 10 trilhões de ienes (96 bilhões de dólares), além do impulso ao consumo do adiamento da alta do imposto sobre as vendas marcado para abril de 2017, disseram as fontes.
"O primeiro-ministro deixou bem claro que haverá um pacote de estímulo considerável para superar a deflação", disse uma das fontes. "Seria estranho não levar em consideração o efeito desse pacote ao fazer a estimativa."
(Por Leika Kihara)