Investing.com - O governo precisará avaliar a regra de reajuste do salário mínimo e a estrutura de carreira dos servidores federais para aumentar a eficiência de gastos do Estado. A avaliação é do secretário do Tesouro Federal, Mansueto de Almeida, que deverá seguir no posto no futuro governo de Jair Bolsonaro.
Em conversa com investidores durante evento promovido pelo banco BTG Pactual, o secretário afirmou que, após a aprovação da reforma da Previdência, existem importantes temas sobre o qual o governo poderá se debruçar.
Os pontos mais polêmicos – e menos populares – são a revisão da regra de reajuste do salário mínimo, em vigor desde 2011 e renovada em 2015. Segundo lei em vigor, o salário é aumentado anualmente em uma fórmula composta pela inflação do ano anterior somada ao crescimento do PIB de dois anos antes, quando for positivo.
Mansueto disse que essa indexação deverá ser abordada em algum momento ou será necessário pensar em como financiar essa política.
Redução do salário inicial de servidores
O secretário também tocou em outro tema espinhoso para a popularidade do novo governo, que é a revisão do plano de carreira dos servidores federais.
De acordo com ele, o servidor federal atinge o teto salarial muito rapidamente, na casa dos 34 anos, e luta por reajustes pelo restante da carreira.
“Essa estrutura é errada”, disse Mansueto. “É preciso reduzir um pouco o salário inicial dos servidores”, hoje na casa dos R$ 15 mil, muito acima daquela aplicada pelo setor privado.
O espaço para novos reajustes também será restrito. “Chegou o momento que é possível segurar um pouco o aumento de salário dos servidores como contribuição para esse momento difícil.”