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Trump ameaça México com tarifas crescentes a menos que imigração ilegal acabe

Publicado 31.05.2019, 08:53
© Reuters. Presidente dos EUA, Donald Trump, visita fronteira do país com o México na Califórnia

Por Steve Holland e Frank Jack Daniel

WASHINGTON/CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagindo a uma onda de imigrantes ilegais na fronteira sul, prometeu na quinta-feira impor tarifa a todos os produtos oriundos do México, que começará em 5% e ficará cada vez mais alta até que o fluxo de pessoas termine.

A medida intensifica a campanha de Trump para controlar uma onda de dezenas de milhares de postulantes a asilo, inclusive muitas famílias da América Central em fuga da pobreza e da violência, que cresceu ao mesmo tempo que o governo promete tornar mais difícil se refugiar nos EUA e em meio aos esforços do presidente para construir um muro na fronteira mexicana.

O anúncio abalou os investidores, que temem que o agravamento da tensão comercial prejudique a economia global. O peso mexicano, os índices de futuros das ações norte-americanas e os mercados de ação asiáticos tombaram com a notícia, incluindo ações de montadoras japonesas que exportam carros do México para os EUA.

A decisão de Trump, anunciada no Twitter e em um comunicado subsequente, foi um desafio direto ao presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, e pegou o governo vizinho de surpresa em um dia no qual este iniciou um processo formal para ratificar um acordo comercial com os EUA e o Canadá (USMCA).

A medida também aumentou o risco de relações econômicas devastadoras com o maior parceiro comercial de bens dos EUA. O México, muito dependente do comércio fronteiriço, chegou a tal patamar em resultado da guerra comercial de Trump com a China.

As medidas contra o México abrem uma nova frente de batalha no comércio e, se implantadas, devem provocar uma retaliação que afetaria Estados da região central, do agronegócio apoiado por Trump e de zonas industriais dos EUA.

As tarifas mais elevadas começarão em 5% no dia 10 de junho e aumentarão mensalmente até atingirem 25% em 1º de outubro, a menos que o México adote ações imediatas para combater a imigração, disse Trump.

"Se a crise de imigração ilegal for aliviada através de ações efetivas adotadas pelo México, a serem determinadas somente por nosso critério e julgamento, as tarifas serão retiradas", afirmou.

López Obrador respondeu com uma carta publicada no Twitter, classificando a política de Trump "América Primeiro" como "uma falácia" e acusando-o de transformar os EUA em um "gueto" que estigmatiza e maltrata migrantes.

"Presidente Trump, problemas sociais não são resolvidos com impostos ou medidas coercitivas", escreveu, acrescentando que uma delegação liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Marcelo Ebrard, viajará a Washington nesta sexta-feira. Ele não ameaçou retaliar, dizendo que quer evitar um confronto.

López Obrador rejeitou a afirmação de Trump de que o México deixa a imigração acontecer por meio de uma "cooperação passiva", dizendo: "Você sabe que estamos cumprindo nossa responsabilidade de deter (migrantes) que atravessam nosso país, tanto quanto possível e sem violar os direitos humanos".

Em Pequim, o porta-voz da chancelaria, Geng Shuang, expressou solidariedade com o México.

"Os Estados Unidos adotaram ações de intimidação comercial repetidamente. A China não é a única vítima", disse Geng aos repórteres.

Quando indagado em uma teleconferência com repórteres quais produtos mexicanos podem ser afetados pelas tarifas, o chefe de gabinete interino da Casa Branca, Mick Mulvaney, respondeu: "Todos eles".

Mulvaney acrescentou: "Estamos interessados em ver o governo mexicano agir hoje à noite, amanhã".

As ações da Toyota, Nissan e Honda caíram cerca de 3% ou mais, e as da Mazda recuaram quase 7% -- as quatro operam fábricas de montagem de veículos no México.

© Reuters. Presidente dos EUA, Donald Trump, visita fronteira do país com o México na Califórnia

(Por Steve Holland, Eric Beech e Mohammed Zargham; reportagem adicional de Mica Rosenberg, em Nova York; Noe Torres e Anthony Esposito, na Cidade do México; e Cate Cadell, em Pequim)

((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))

REUTERS PF

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