Por Heather Somerville
SÃO FRANCISCO (Reuters) - A companhia de transporte Uber era obrigada a entregar a um juiz federal dos Estados Unidos uma carta de um ex-funcionário que fala sobre a "fraude e roubo" da empresa e menciona evidências de segredos comerciais roubados, disse uma autoridade da corte na sexta-feira.
John Cooper, designado para uma ação judicial contra a Uber Technologies Inc pela unidade de carros auto-dirigidos da Alphabet Inc's, a Waymo, divulgou relatório na sexta-feira comunicando que a companhia deveria ter apresentado a carta e estava errada em escondê-la da corte.
A carta, do ex-analista de segurança da Uber, Richard Jacobs, alegando que a Uber praticou táticas competitivas ilegais e antiéticas e que roubou segredos comerciais, está no centro da ação da Waymo contra a Uber.
A carta foi enviada para o advogado interno da Uber em maio e compartilhada com executivos e membros do conselho, que poderiam facilmente acessá-la, disse o especialista Cooper em seu relatório.
"Essa agulha estava nas mãos da Uber todo este tempo", disse ele.
A determinação de Cooper marca outro revés para a Uber em um caso no qual o juiz culpou a empresa por segurar evidências e planejar um encobrimento.
O juiz distrital dos Estados Unidos, William Alsup, determinará se e quais consequências a Uber enfrentará por não entregar a carta.
(Reportagem adicional de Joseph Menn e Dan Levine, em São Francisco)