Por Trevor Hunnicutt e Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, implorou aos republicanos por uma nova infusão de ajuda militar para a Ucrânia nesta quarta-feira, alertando que uma vitória da Rússia sobre a Ucrânia deixaria Moscou em posição de atacar os aliados da Otan e poderia atrair os EUA para uma guerra.
Biden falou enquanto os EUA planejavam anunciar um pacote de 175 milhões de dólares de ajuda adicional à Ucrânia, proveniente de sua oferta cada vez menor de dinheiro para Kiev.
Ele sinalizou a disposição de fazer mudanças significativas na política de migração dos EUA ao longo da fronteira com o México para tentar atrair o apoio republicano à questão ucraniana.
“Se Putin tomar a Ucrânia, ele não irá parar por aí”, disse Biden.
Putin atacará um aliado da Otan, previu Biden, e então “teremos algo que não procuramos e que não temos hoje: tropas americanas lutando contra tropas russas”.
“Não podemos deixar Putin vencer”, acrescentou.
A Casa Branca alertou esta semana que os EUA estão ficando sem tempo e dinheiro para ajudar a Ucrânia a repelir a invasão da Rússia.
Em meados de novembro, o Departamento de Defesa dos EUA havia usado 97% dos 62,3 bilhões de dólares em financiamento suplementar que havia recebido, enquanto o Departamento de Estado havia usado todos os 4,7 bilhões em financiamento de assistência militar que havia sido alocado, conforme a diretora de orçamento dos EUA, Shalanda Young.
Uma autoridade dos EUA disse que o país tem menos de um bilhão de dólares em “autoridade de reabastecimento”. Isso significa que se o Congresso não fornecer novos fundos para a compra de equipamento de substituição, os EUA, a Ucrânia e os fabricantes de armas poderão ser forçados a tomar outras medidas para repor os estoques.
(Reportagem de Trevor Hunnicutt e Steve Holland; reportagem adicional de Katharine Jackson)