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Depois da facada, não vai ser "uma gripezinha que vai me derrubar", diz Bolsonaro

Publicado 20.03.2020, 20:18
© Reuters. .

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - No mesmo dia que o Senado aprovou o estado de calamidade devido à epidemia do coronavírus, o presidente voltou a minimizar o vírus, após comandar uma reunião com autoridades do governo e empresários para discutir o enfrentamento da crise.

"Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar não, tá ok?", disse o presidente no final de uma entrevista coletiva.

"Se o médico do Ministério da Saúde me recomendar um novo exame, eu farei. Caso contrário, me comportarei como qualquer um de vocês aqui presentes", acrescentou, se dirigindo aos jornalistas que perguntaram se ele faria um novo teste para o coronavírus diante do alto números de auxiliares diretos ou indiretos infectados com o vírus.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de estado de sítio no país em meio à crise da pandemia, Bolsonaro disse que a medida não está no radar do governo.

"Até porque isso, para decretar, é relativamente fácil, uma medida legislativa para o Congresso, mas seria o extremo. Isso aí, eu acredito que não seja necessário, bem como um Estado de Defesa. Isso aí não tem dificuldades de se implementar, em poucas horas você decide uma situação como essa", disse.

"Mas eu acho que, daí, estaríamos avançando, dando uma sinalização de pânico para a população", acrescentou. "Eu acho que isso, por enquanto, está descartado até estudar essa circunstância."

ECONOMIA E CHINA

O presidente voltou a dizer que a economia não pode parar e a criticar medidas restritivas que governadores têm tomado. Segundo ele, o governo federal, principalmente na figura do ministro da Casa Civil, Braga Netto, vai buscar uniformizar as ações no combate ao coronavírus.

"Não pode alguém, de forma isolada, tomar determinadas medidas que venham a atrapalhar, no final da conta, o esforço final que estamos fazendo para que esse problema seja vencido."

Questionado se tinha entrado em contato com o presidente da China, Xi Jinping, depois da crise diplomática envolvendo seu filho Eduardo Bolsonaro, o presidente disse que tem "um canal aberto" com o líder chinês.

"Gozo de simpatia por parte dele e sempre se colocou à disposição. Não existe qualquer crise do governo brasileiro para com o governo chinês", garantiu Bolsonaro.

"Se a situação se fizer necessária, como talvez na semana que vem, nós possamos sim entrar em contato com ele para tratar de assuntos sobre como poderiam nos ajudar, talvez com equipamentos, já que lá a curva (da epidemia) já está na descendente", acrescentou, repetindo o que tinha falado mais cedo.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) iniciou uma crise diplomática na quarta-feira, ao compartilhar uma sequência de tuítes sobre a maneira como a China tratou o início da epidemia de coronavírus. Ele afirmou que o país é responsável pela epidemia ao esconder informações --o que alegou representar ações típicas de uma ditadura.

A embaixada da China reagiu em sua conta no Twitter e na conta pessoal do embaixador Yang Wanming, exigindo um pedido de desculpas e afirmando que Eduardo repetia as ações de seus "amigos" norte-americanos, além de dizer que o deputado havia contraído um "vírus mental" durante viagem a Miami.

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Na quinta, o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, tentou minimizar a disputa afirmando que Eduardo Bolsonaro não fala em nome do governo, mas criticou o embaixador da China no Brasil. Eduardo também se manifestou nesse dia, por meio de nota, reiterando que não falava em nome do governo, mas reafirmou críticas à maneira como a China reagiu à epidemia.

(Reportagem adicional de Gabriel Ponte)

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