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Com Brexit, Reino Unido não está mais entre os 10 principais parceiros comerciais da Alemanha

Publicado 08.09.2021, 12:13
Atualizado 08.09.2021, 12:16
© Reuters. Homens trabalham na produção do queijo Leicester em Upton,  Inglaterra
08/10/2007
REUTERS/Darren Staples

Por Michael Nienaber e Rene Wagner

BERLIM (Reuters) - O Reino Unido está em vias de perder seu status de um dos dez principais parceiros comerciais da Alemanha neste ano pela primeira vez desde 1950, à medida que as barreiras comerciais relacionadas ao Brexit levam as empresas da maior economia da Europa a procurar negócios em outro lugar.

O Reino Unido deixou o mercado único da União Europeia (UE) no final de 2020, após mais de quatro anos de disputas sobre os termos de sua separação, durante os quais a Alemanha corporativa já havia começado a refrear seus laços com o país britânico.

Nos primeiros seis meses deste ano, as importações alemãs vindas do Reino Unido caíram quase 11% com relação ao ano anterior, para 16,1 bilhões de euros, mostraram dados da agência federal de estatísticas vistos ​​pela Reuters.

Embora as exportações alemãs para o Reino Unido tenham aumentado 2,6%, para 32,1 bilhões de euros, isso não evitou um declínio no comércio bilateral, de 2,3% para 48,2 bilhões de euros --empurrando o Reino Unido do 9º para o 11º lugar no ranking de parceiros comerciais. Antes de o país votar pela saída da UE, em 2016, ocupava o 5º lugar na relação.

Uma pesquisa de dezembro de 2020 da associação comercial da Alemanha (BGA) mostrou que uma em cada cinco empresas estava reorganizando as cadeias de suprimentos para trocar fornecedores britânicos por outros na UE.

Essa tendência está se tornando mais acentuada, disse Michael Schmidt, presidente da Câmara Britânica de Comércio na Alemanha, tornando improvável qualquer reviravolta antes do final deste ano.

"Cada vez mais as pequenas e médias empresas estão deixando de comercializar (no Reino Unido) por causa desses obstáculos (relacionados ao Brexit)", disse Schmidt à Reuters.

A queda acentuada do primeiro semestre também foi impulsionada por efeitos de antecipação antes do início, em janeiro, de novas barreiras como controles alfandegários.

"Muitas empresas decidiram antecipar importações aumentando os estoques", disse ele.

"Como atirar no próprio pé"

Embora esse efeito tenha impulsionado o comércio bilateral no quarto trimestre, ele reduziu a demanda no início deste ano, enquanto os problemas com os novos controles alfandegários também complicaram o comércio a partir de janeiro.

"Muitas empresas pequenas simplesmente não podem arcar com o fardo extra de se manterem atualizadas e cumprir todas as regras alfandegárias, como certificados sanitários para queijos e outros produtos frescos", disse Schmidt.

© Reuters. Homens trabalham na produção do queijo Leicester em Upton,  Inglaterra
08/10/2007
REUTERS/Darren Staples

As novas realidades comerciais prejudicaram ainda mais as empresas britânicas do que as alemãs, que estavam mais acostumadas a lidar com diferentes regimes aduaneiros ao redor do mundo, já que muitas exportavam para vários países não europeus há décadas.

"Para muitas empresas britânicas pequenas, o Brexit significou perder o acesso ao seu mercado de exportação mais importante... É como dar um tiro no próprio pé. E isso explica por que as importações alemãs vindas do Reino Unido estão em queda livre agora."

(Por Michael Nienaber)

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