A confiança dos donos de micro e pequenas empresas subiu em maio pelo quarto mês consecutivo, alcançando o maior patamar desde outubro do ano passado, segundo sondagem feita pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O otimismo do pequeno empresário com o rumo dos negócios é atribuído à maior circulação de pessoas nas ruas, o que tem permitido uma melhora nas vendas, e à prorrogação das condições mais acessíveis de crédito permitidas pelo Pronampe.
Em maio, o índice de confiança nas micro e pequenas empresas avançou 1,8 ponto, chegando a 98,1 pontos, a maior pontuação em sete meses.
A sondagem mostra que a confiança voltou a subir no comércio após a queda no setor em abril. No setor de serviços, a confiança avançou pelo terceiro mês consecutivo, agora no maior nível em oito anos e meio, enquanto na indústria de transformação o índice mostrou estabilidade em maio.
"Mesmo com esse cenário de melhora no ânimo por parte das empresas, a parcimônia tem sempre que prevalecer, já que ainda enfrentamos problemas conjunturais, como a escassez de insumos, prognósticos de alta de inflação e taxas de juros", pondera o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Ele acrescenta que, apesar da melhora de percepção, o estudo mostra algum receio dos pequenos empresários com o futuro em razão de desafios como a inflação e o aumento dos juros, com seus efeitos no poder de compra dos brasileiros, principalmente de baixa renda.