😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Economia prevê crescimento de R$ 106,096 bilhões do teto em 2022

Publicado 15.04.2021, 13:28
Economia prevê crescimento de R$ 106,096 bilhões do teto em 2022

Após um ano de impasse político diante das fortes restrições fiscais, o governo terá um espaço adicional de R$ 106,096 bilhões dentro do teto de gastos em 2022 - um crescimento de 7,14% em relação a este ano. A folga precisa absorver aumentos de despesas obrigatórias, como na Previdência, mas também pode ser usada para contemplar gastos com custeio e investimentos, inclusive patrocinados por parlamentares.

O espaço adicional no teto em 2022 está sendo visto como uma possível solução para o impasse no Orçamento deste ano. Em entrevista ao Estadão, o economista Manoel Pires, coordenador do Observatório Fiscal do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), defendeu dar R$ 10 bilhões a mais em emendas parlamentares em 2022 para compensar o corte que precisa ser feito neste ano para equilibrar o Orçamento.

Durante a tramitação do Orçamento de 2021, o Congresso cortou R$ 29 bilhões em despesas obrigatórias, incluindo benefícios previdenciários, para turbinar ações patrocinadas pelos congressistas em seus redutos eleitorais. O problema é que, com os gastos subestimados, a equipe econômica vê risco de faltar recursos para honrar despesas que não são opcionais.

O presidente Jair Bolsonaro tem sido aconselhado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, a vetar a parte do Orçamento que contém essas emendas para afastar o risco de crime de responsabilidade, passível de impeachment. Essa saída, porém, desagrada aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Como mostrou o Estadão, Lira chegou a alertar Bolsonaro em reunião esta semana que, com o veto, o presidente passaria a ter "um problema que hoje não tem" junto à sua base no Congresso.

O cenário mais benigno do teto de gastos para 2022 já era previsto pela equipe econômica, após o descasamento de índices de inflação entre 2020 e 2021 ter pressionado o teto este ano.

O limite de despesas foi corrigido pela inflação acumulada até junho de 2020, de 2,13%, mas os benefícios sociais que consomem boa parte das despesas do governo cresceram mais que o dobro porque o INPC, índice que corrige esses gastos, subiu 5,45%.

Agora, a dinâmica deve se inverter: o teto será corrigido por uma inflação mais elevada (7,14%), para R$ 1,592 trilhão, enquanto os benefícios sociais devem ser corrigidos por um porcentual mais brando, pois a expectativa é que a inflação desacelere até o fim de 2021. Essa combinação abre espaço para despesas dentro do teto.

Neste ano, a correção do teto de gastos foi bem mais apertada: a diferença em relação a 2020 foi de apenas R$ 31 bilhões, valor que mal foi suficiente para acomodar o crescimento das despesas obrigatórias.

O valor do teto para 2022, divulgado hoje, considera o limite agregado para todos os poderes. O Ministério da Economia ainda não divulgou o limite individual do Executivo, embora esse valor seja o mais significativo.

Para 2023, o teto de gastos deve ser corrigido em 3,69%, para R$ 1,650 trilhão. Em 2024, a alta será de 3,37%, para R$ 1,706 trilhão.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.