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Esperanças de BCs de milagre na cadeia de suprimentos podem ser frustradas por China e Ucrânia

Publicado 18.05.2022, 15:28
© Reuters. Navio da China Ocean Shipping Company transporta contêiners pelo Canal de Suez, Egito
15/02/2022
REUTERS/Mohamed Abd El Ghany/File Photo

Por Howard Schneider e Balazs Koranyi

WASHINGTON (Reuters) - Os bancos centrais que esperavam que a inflação alta diminuiria com a melhoria das cadeias de suprimentos mundiais tiveram pouco alívio até abril, conforme novos bloqueios contra o coronavírus na China e a guerra na Ucrânia alongaram os prazos de entrega e elevaram os custos, segundo novas análises do Federal Reserve de Nova York.

Um índice de pressão na cadeia de abastecimento global, divulgado nesta quarta-feira pelo Fed de Nova York, subiu em abril após quatro meses em que os problemas de oferta pareciam diminuir, uma reversão que, se continuar, potencialmente resultará em uma inflação mais persistente, mesmo conforme os bancos centrais se movem para controlar o aumento dos preços.

O índice de abril, combinando uma série de estatísticas sobre custos globais de transporte, prazos de entrega e outros dados, "sugere que a moderação que observamos nos últimos meses foi parcialmente revertida, já que as medidas de lockdown na China e os desdobramentos geopolíticos pressionam ainda mais os prazos de entrega e os custos de transporte na China e na zona do euro", escreveu uma equipe de economistas do Fed de Nova York.

FORA DE CONTROLE

O Fed e outros grandes bancos centrais já começaram a subir as taxas de juros ou estão traçando planos de elevá-las num esforço para conter a inflação muito acima da meta de 2%, algo que se tornou a norma para a política monetária nas principais economias desenvolvidas do mundo.

A esperança é diminuir a demanda por bens e serviços, já que taxas de juros mais altas desencorajam a compra de casas e outras grandes aquisições e, ao fazer isso, "unir oferta e demanda novamente", disse o chair do Fed, Jerome Powell, na terça-feira.

Mas as autoridades também esperam, como disse Powell, "dar ao lado da oferta uma chance de recuperar o atraso e uma chance de a inflação cair" por conta própria, à medida que os bens começam a fluir mais facilmente pelo mundo.

A magnitude e a rapidez com que isso acontecerá, no entanto, tornou-se mais incerto e cada vez mais importante para o ritmo de elevações de juros que os bancos centrais podem precisar impor, bem como para o nível final necessário dos custos dos empréstimos de forma conter a inflação.

Quanto mais a oferta global permanecer restrita, mais rígidos os bancos centrais podem ter que ser em seus esforços para conter a demanda, o crescimento e, potencialmente, o emprego.

Num período de tempo mais longo, a possibilidade de uma economia mundial mais regionalizada, cortada em zonas geopolíticas menores, pode significar um ajuste caro e longo a um mundo de preços mais altos.

© Reuters. Navio da China Ocean Shipping Company transporta contêiners pelo Canal de Suez, Egito
15/02/2022
REUTERS/Mohamed Abd El Ghany/File Photo

"Existe uma possibilidade real de que a globalização seja revertida até certo ponto", afirmou Powell. Mesmo que as indústrias locais se adaptassem ao longo do tempo, "seria um mundo muito diferente" daquele que produziu cerca de 30 anos num ambiente em que os preços aumentaram, no geral, lentamente.

A China Beige Book, empresa de dados e análises focada no país asiático, disse em nota na semana passada que os pedidos em atraso provavelmente piorarão e potencialmente farão com que a economia chinesa recue no segundo trimestre do ano, o que possivelmente pode fazer com que a inflação dos EUA suba mais, em vez de alcançar um pico nas próximas semanas.

A nota destacou que os portos chineses "estão vendo níveis quase históricos de atrasos". A empresa escreveu que "se os atrasos na cadeia de suprimentos da China causarem uma segunda onda de aumento de preços nos EUA no início do verão (no Hemisfério Norte), o Fed será completamente limitado em termos do que pode fazer."

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