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Fed se debruçou sobre análises para tentar entender eleição de Trump, mostram transcrições

Publicado 14.01.2022, 16:49
Atualizado 14.01.2022, 16:50
© Reuters. O então presidente dos EUA Donald Trump gesticula com Jerome Powell, seu indicado para se tornar chair do Federal Reserve, na Casa Branca, Washington, EUA, 2 de novembro de 2017. REUTERS/Carlos Barria

Por Howard Schneider

WASHINGTON (Reuters) - A eleição de Donald Trump colocou as autoridades do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) em uma corrida para determinar o que o resultado significava para a economia norte-americana, para o mundo e para a própria posição do banco central, de acordo com transcrições de reuniões do Fed em 2016.

Na reunião de política monetária do banco central um mês após a vitória de Trump, em 8 de novembro de 2016, houve piadas sobre o resultado inesperado, alertas sobre as profundas fissuras que ele mostrou na economia dos EUA e os desafios que podia representar para a independência do Fed.

"De acordo com algumas interpretações do Livro do Apocalipse, quando três eventos incomuns ocorrem juntos, eles podem ser um sinal de que o fim do mundo está próximo. Vamos fazer um balanço", brincou o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, referindo-se ao último livro do Novo Testamento bíblico.

Ele colocou a vitória de Trump em uma categoria com a tão esperada vitória do Chicago Cubs na World Series daquele ano e o Prêmio Nobel do cantor folk Bob Dylan.

"A recente eleição trouxe uma mudança de regime em relação às perspectivas de crescimento para a economia dos EUA? A resposta curta é 'talvez', e estamos tratando isso como um risco de alta", disse Bullard, de acordo com uma das transcrições divulgadas pelo banco central nesta sexta-feira.

A equipe do Fed prontamente tentou adivinhar se o empresário republicano implementaria cortes de impostos e gastos fiscais, tarifas sobre parceiros comerciais ou novas regras de imigração.

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A reação do mercado --um salto nos preços das ações-- pegou alguns no banco central de surpresa, enquanto outros destacaram que seus contatos empresariais "usaram palavras como 'exuberância' e 'euforia'", porque esperavam uma regulação mais leve e impostos mais baixos, afirmou Jeffrey Lacker, então presidente do Fed de Richmond.

As transcrições, que são divulgadas após um período de cinco anos, fornecem uma visão para além das declarações oficiais mais roteirizadas da época sobre como os formuladores de política monetária do banco central lidaram com um evento político que entenderam, desde o início, que poderia afetar seu trabalho e potencialmente o Fed como instituição de formas fundamentais.

INDEPENDÊNCIA DO FED

Trump, mesmo antes de sua posse, mostrou uma abordagem incomum à Presidência. Seus comentários sobre contratos federais no Twitter, por exemplo, derrubaram os preços das ações de empresas como a Boeing (NYSE:BA) (SA:BOEI34).

Em sua reunião de 13 e 14 de dezembro de 2016, o banco central elevou as taxas de juros, após um ano de preocupação com a desaceleração da economia dos EUA, e seguiu com mais aumentos em 2017 e 2018, conforme os cortes de impostos e as políticas fiscais de Trump levaram a um crescimento maior do que o esperado.

A calmaria acabou em 2019, quando as políticas comerciais de Trump desaceleraram o crescimento global, o que validou algumas das preocupações ressaltadas por funcionários do Fed após sua vitória sobre a candidata presidencial democrata Hillary Clinton.

"Se o novo governo mudar a política econômica em várias áreas tão radicalmente quanto prometido durante a campanha eleitoral, veremos, em retrospecto, a decisão sobre a taxa de juros de hoje como a última de uma era", disse o então vice-chair do Fed, Stanley Fischer.

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"Provavelmente haverá... desafios aos atuais procedimentos operacionais do Federal Reserve e à sua independência. Estaremos operando, também, em um ambiente no qual muitas das suposições sobre o papel dos Estados Unidos nos assuntos globais em geral, que dura mais de 70 anos, podem precisar ser ajustados", afirmou Fischer, de acordo com a transcrição da reunião.

Trump, depois de promover o então diretor do banco central Jerome Powell ao cargo de chair do Fed em 2018, arrependeu-se de sua escolha, criticando publicamente o ex-banqueiro de investimentos por aumentar os juros. Seu governo explorou se seria possível demitir Powell.

Dennis Lockhart, presidente do Fed de Atlanta na época, fez uma análise mais interna e destacou que a vitória de Trump, com apoio esmagador entre eleitores brancos nas áreas rurais, parecia enraizada em divisões econômicas que, em sua opinião, o banco central precisava entender melhor.

"Para mim, parece que uma lição do recente ciclo eleitoral... é a diferença da experiência do público sobre a economia de acordo com a geografia, o espectro urbano-rural e cortes definidas por escolaridade", disse Lockhart. Ao frisar que a equipe havia adicionado informações sobre lacunas de desemprego por raça às apresentações da diretoria do Fed, Lockhart afirmou que "me parece que esse relatório pode ir mais longe".

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