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G7 vai liberar ajuda emergencial para incêndios na Amazônia

Publicado 26.08.2019, 20:35
© Reuters. .

Por Crispian Balmer e Jamie McGeever

BIARRITZ, França/SÃO PAULO (Reuters) - Líderes dos países do G7 ofereceram nesta segunda-feira 20 milhões de dólares de assistência emergencial para ajudar no combate aos incêndios na Floresta Amazônica, em um gesto que o Brasil classificou como colonialista.

Apesar dos incêndios recordes na Amazônia e de o presidente Jair Bolsonaro ter dito anteriormente que seu governo não tem dinheiro suficiente para combater as chamas, não ficou claro se o Brasil aceitará a oferta do G7, realizada em meio a crescentes preocupações internacionais.

A relação pessoal entre Bolsonaro e o presidente francês, Emmanuel Macron, já abalada pela crise ambiental, se deteriorou ainda mais após o líder brasileiro fazer chacota da esposa de Macron em um comentário no Facebook.

Enfrentando um crescente isolamento internacional por suas posições sobre a crise ambiental, Bolsonaro também se viu sob pressão interna, com a pesquisa CNT/MDA mostrando nesta segunda-feira que o índice de aprovação de seu governo caiu para 29,4% em agosto.

"Ofereceremos imediatamente aos países amazônicos que nos sinalizam suas necessidades um apoio financeiro", disse Macron em Biarritz, no litoral francês, onde ocorreu a cúpula do G7.

Minutos após o anúncio do G7, entretanto, Bolsonaro disse que o Brasil está sendo tratado "como se fôssemos uma colônia ou uma terra de ninguém", classificando a criação de uma aliança internacional para salvar a Amazônia como um ataque à soberania de seu país.

Por outro lado, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que a ajuda é "bem-vinda". A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, adotou tom semelhante, ponderando que o Brasil deve decidir em quais iniciativas aplicar os recursos.

Chamando os incêndios na Amazônia de emergência global, Macron colocou o desastre no topo da agenda do G7 e afirmou que os Estados-membros devem providenciar ajudas concretas.

"A França o fará com apoio militar nas próximas horas", afirmou, sem dar maiores detalhes.

O Canadá declarou que enviará aviões ao Brasil para ajudar a conter as chamas, além de contribuir com 15 milhões de dólares canadenses (11,3 milhões de dólares) em auxílio.

"Uma das coisas que vimos nos últimos anos, com o Canadá enfrentando eventos de incêndios florestais cada vez mais extremos, é que existe uma rede global de apoio e amigos que dependem um do outro", disse o primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, ao final da cúpula.

O presidente chileno, Sebastián Piñera, que foi convidado para se unir aos líderes das sete nações industrializadas em Biarritz, disse que o plano do G7 será implantado em duas fases.

"Os países precisam urgentemente de bombeiros e aviões especializados no combate a incêndios. Este será o primeiro passo, que será implementado imediatamente", disse Piñera.

"A segunda fase é proteger estas florestas, proteger a biodiversidade que contêm e reflorestar esta região do mundo", acrescentou.

Macron acrescentou que o G7 -- composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido-- elaborará uma iniciativa para a Amazônia que será lançada na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York, no mês que vem.

O presidente dos EUA, Donald Trump, se ausentou das conversas sobre mudança climática e biodiversidade em uma sessão do G7 nesta segunda-feira, e Macron disse que ele estava ocupado com reuniões bilaterais.

"Ele não estava na sala, mas sua equipe estava", disse o francês. "Você não precisa interpretar nada da ausência do presidente norte-americano... Os EUA estão conosco na biodiversidade e na iniciativa para com a Amazônia."

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No entanto, na conferência de imprensa no encerramento da cúpula, Trump deixou claro que não está disposto a abraçar a causa ambientalista.

"Nós somos agora o produtor de energia número 1 do mundo", afirmou Trump, respondendo a uma questão sobre mudanças climáticas. "Não vou perder essa riqueza, não vou perder isso com sonhos, com moinhos, que francamente não estão trabalhando muito bem", acrescentou.

(Reportagem de Michel Rose e Marine Pennetier)

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