Diante da vitória no último domingo (11) da chapa formada por Alberto Fernandez e Cristina Kirchner nas prévias das eleições nacionais, o Goldman Sachs publicou relatório avaliando o cenário macroeconômico para o país portenho.
“Acreditamos que os resultados das eleições primárias deverão ser quase irreversíveis”, diz o analista Tiago Severo, destacando que os investidores deverão se atentar agora mais às novidades da agenda econômica proposta pela chapa Fernandez-Kirchner do que quaisquer prévias futuras das eleições.
Além disso, a provável deterioração da confiança e o resultado das condições financeiras mais restritras nas próximas semaanas podem pesar contra a recuperação da economia Argentina, já considerada frágil pelo Goldman Sachs,
“Mais importante do que o ponto de vista político, as pressões renovadas para depreciação do peso podem postergar e até inverter o declínio incipiente da inflação”, aponta Severo, ressaltando ainda os efeitos negativos para a reeleição de Mauricio Macri.
Por último, o analista pondera a possibilidade de substituição de Macri por Maria Eugenia Vidal, governadora de Buenos Aires (que responde por 40% do eleitorado argentino), dada a derrota menos significativa nas prévias.
A aliada de Macri perdeu para o ex-ministro Axel Kicillof, da mesma chapa de Fernandez-Kirchner.