😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Guedes sugere extensão do auxílio emergencial caso pandemia se prolongue

Publicado 12.03.2021, 21:23
Atualizado 12.03.2021, 21:25
© Reuters. Ministro da Economia, Paulo Guedes. 16/09/2020. REUTERS/Adriano Machado.
PETR4
-

Por Gabriel Ponte

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira que, caso os impactos econômicos e sanitários da pandemia da Covid-19 persistam por mais tempo do que o período abarcado pelo nova rodada de auxílio emergencial, de quatro meses, o governo terá de examinar novamente eventual extensão do benefício concedido aos mais vulneráveis.

"O auxílio emergencial é para a pandemia. Se a pandemia continuar conosco, aí nós temos que falar de novo de auxílio emergencial lá na frente. Mas se a pandemia for embora, acaba o auxílio emergencial, e quem está no Bolsa Família volta, talvez não mais para o Bolsa Família, e, sim, para o Renda Brasil", disse Guedes em videoconferência promovida pelo Jota.

A aprovação da PEC Emergencial em segundo turno na Câmara dos Deputados, ocorrida na quinta-feira, abriu caminho para a concessão do benefício, em um montante de até 44 bilhões de reais, por fora das regras fiscais.

O presidente Jair Bolsonaro já disse que a ajuda mensal terá valor médio de 250 reais e que será paga por quatro meses. A sessão conjunta para promulgar a PEC ocorrerá na próxima segunda-feira. Guedes também disse que "possivelmente" os primeiros pagamentos dessa nova rodada do auxílio saiam no início do mês de abril, sendo referentes a março.

Nesta semana, os mercados financeiros reagiram a notícias sobre a possibilidade de extensão do coronavoucher para além de quatro meses.

O ministro da Economia também afirmou nesta sexta acreditar na aprovação da reforma administrativa, mencionando "ter confiança nesse ímpeto reformista do Congresso". Ele disse ainda que a reforma tributária "tem que ser feita neste ano", mencionando as diferentes fases da proposta do governo.

"Nós vamos conversar com a proposta que está lá, do Baleia Rossi (Câmara), vamos conversar com a proposta do (Luiz Carlos) Hauly, do Senado, mas vamos conversar devagar, assunto por assunto, em vez de jogar tudo lá e virar uma caixa-preta e sair uma coisa que não reflita a filosofia do governo", disse Guedes, ao fazer referências a outras propostas para a reforma tributária que tramitam no Congresso.

O Congresso Nacional discute, em uma comissão mista, duas PECs que tratam da reforma tributária. O governo, por sua vez, encaminhou uma contribuição ao tema, um projeto de lei que cria a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) a partir da unificação do PIS e do Cofins em um único imposto sobre valor agregado (IVA).

Em sua participação na live, o ministro fez questão de enfatizar, por diversas vezes, a necessidade da vacinação em massa para o retorno seguro ao trabalho.

"A prioridade incontornável é vacinação em massa. Com isso, vamos criar essa imunização do povo brasileiro para garantir que a economia informal, não só a formal, também volte."

Ao comentar a importância do processo de imunização da população, Guedes projetou que, mediante a retomada da atividade econômica, o déficit primário do país "pode surpreender também, sendo bem menor".

"Nós achamos que na hora que a economia crescer 3%, 3,5%, nós vamos ver que podemos gerar até um pequeno superávit, e aí todo mundo vai entender por que nós estamos falando, o tempo inteiro, que não vamos aumentar impostos", disse.

SAÍDA DO GOVERNO

Questionado se pensa na hipótese de deixar o governo em algum momento, Guedes afirmou que deixaria o cargo caso percebesse não ser mais útil ao país, seja pela falta de confiança do presidente Jair Bolsonaro, seja pela mudança de trajetória do governo.

"Nosso caminho é o caminho da prosperidade. Se começar a ir para o caminho da confusão, da desorganização da economia, não contem comigo para promover a desorganização da economia. Sou crítico do dirigismo, sou um liberal", pontuou, afirmando querer ajudar o país.

© Reuters. Ministro da Economia, Paulo Guedes. 16/09/2020. REUTERS/Adriano Machado.

Rebatendo leituras de que, supostamente, teria havido ingerência política na Petrobras (SA:PETR4) em razão da decisão de Bolsonaro de não reconduzir o CEO da companhia, Roberto Castello Branco, ao cargo ocupado, Guedes afirmou que o presidente da República "teve lá as razões dele", em referência à política de preços praticada pela petrolífera.

"O presidente já falou que não vai privatizar a Petrobras, então é claro que é importante ter uma boa governança, então alertamos o presidente: 'olha tem que ter uma boa governança'. 'Não, mas claro, quero renovar ali na frente (CEO da companhia), vai expirar o contrato dele, quero trocar'. Tudo bem, vai botar alguém lá."

"É uma ameaça à governança? Vamos ver, por enquanto está acontecendo tudo dentro da lei direitinho, vamos ver se vai ser uma ameaça à governança", completou o ministro.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.