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Powell ainda espera cortes de juros pelo Fed, mas progresso da inflação "não está garantido"

Publicado 06.03.2024, 10:37
Atualizado 06.03.2024, 14:15
© Reuters. Chair do Fed, Jerome Powell 
20/09/2023. REUTERS/Evelyn Hockstein/File Photo

Por Howard Schneider

WASHINGTON (Reuters) - O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, assegurou nesta quarta-feira aos membros do Congresso, que enfrentarão eleitores cansados da inflação em um ano de eleições presidenciais acirradas, que as próximas decisões sobre quando e com que rapidez reduzir a taxa de juros serão baseadas exclusivamente em dados econômicos.

"Estamos em um ano político", disse o presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, Patrick McHenry, um republicano da Carolina do Norte, ao abrir a audiência com Powell, questionando-o sobre os planos de corte de juros do banco central e observando que tudo o que o Fed fizer será visto através das "lentes" da revanche presidencial de novembro entre o presidente em exercício, o democrata Joe Biden, e o ex-presidente republicano Donald Trump.

Os cortes nos juros "realmente dependerão da trajetória da economia. Nosso foco é o pleno emprego e a estabilidade de preços, e os dados afetam as perspectivas, e essas são as coisas que estaremos analisando", disse Powell.

O Fed "gostaria de ver mais dados que confirmem e nos deixem mais confiantes de que a inflação está se movendo de forma sustentável para 2%" antes de reduzir a taxa de juros.

Powell, em comentários preparados para o painel da Câmara, disse que as reduções dos juros "provavelmente serão apropriadas" ainda este ano, "se a economia evoluir conforme o esperado".

Mas ele também alertou que o progresso contínuo na redução da inflação "não está garantido", um fato que está impedindo que as autoridades do Fed se comprometam com qualquer cronograma ou ritmo de redução dos juros, com as pressões dos preços sendo vistas como mais brandas, mas também com alguma preocupação de que o processo de desinflação possa estagnar.

Os comentários iniciais de Powell na audiência se aproximaram da linguagem que ele e seus colegas usaram para caracterizar a situação atual da economia e a consequente decisão de quando começar a reduzir a taxa de juros em um ano eleitoral.

Ele observou que a inflação "diminuiu substancialmente" desde que atingiu o maior nível em 40 anos em 2022, mas permaneceu relutante em dizer quando as autoridades do Fed poderiam reduzir a taxa de juros de referência, que tem sido mantida na faixa de 5,25% a 5,5%, a mais alta em mais de 20 anos, desde julho.

Ele disse que há riscos tanto de cortar os juros cedo demais e permitir que a inflação reacelere, quanto de manter a política monetária muito apertada por muito tempo e prejudicar a expansão econômica em andamento, que tem sustentado uma taxa de desemprego abaixo de 4% por dois anos.

Para os eleitores dos parlamentares que conduziram a audiência desta quarta-feira, uma taxa básica de juros elevada significa juros altos para hipotecas residenciais, cartões de crédito e empréstimos para pequenas empresas, o que, sem dúvida, contribuiu para os baixos índices de aprovação atuais de Biden, mesmo que esse remédio monetário rigoroso ajude a aliviar a inflação alta que cobra seu próprio preço de empresas e famílias.

Dados recentes pouco fizeram para esclarecer a direção da economia e da inflação, com alguns analistas projetando que as pressões dos preços diminuirão constantemente, outros prevendo que a inflação persistirá e os investidores esperando que os cortes nos juros comecem em junho.

© Reuters. Chair do Fed, Jerome Powell 
20/09/2023. REUTERS/Evelyn Hockstein/File Photo

Powell "tem sido bastante comedido no que diz a respeito da saúde geral da economia dos EUA. E, do ponto de vista da inflação, ainda não chegamos lá", disse Phil Blancato, presidente da Ladenburg Thalmann Asset Management. "Seus comentários vão mais uma vez apoiar as narrativas de que o Fed ainda não está pronto para cortar."

Powell comparecerá ao Comitê Bancário do Senado na quinta-feira.

(Reportagem adicional de Ankika Biswas)

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