MOSCOU (Reuters) - Houve um aumento no número de trabalhadores imigrantes que deixaram a Rússia com destino ao Tajiquistão depois do ataque à casa de shows perto de Moscou em que dezenas de pessoas morreram, de acordo com o Ministério do Trabalho, Imigração e Emprego do Tajiquistão.
No dia 22 de março, homens com armas automáticas abriram fogo contra as pessoas que estavam no local. Este foi o pior ataque na Rússia em duas décadas. Pelo menos 144 pessoas morreram.
Quatro atiradores suspeitos são cidadãos do Tajiquistão e foram presos junto com outros sete suspeitos, alguns dos quais também são do ex-país soviético da Ásia Central.
"Recebemos muitas chamadas. Muito provavelmente não são reclamações sobre assédio, mas sim, medo dos nossos cidadãos, pânico, muitos querem ir embora. Estamos agora monitorando a situação, temos mais pessoas indo (para o Tajiquistão) do que saindo do país", disse Shakhnoza Nodiri, vice-chefe do ministério, segundo a agência de notícias estatal russa TASS.
O Tajiquistão deteve esta semana nove pessoas suspeitas de terem ligações com o tiroteio e também com o grupo militante do Estado Islâmico, que assumiu a responsabilidade pelo ataque, disse uma fonte de segurança do país à Reuters.
A escassez de mão-de-obra na economia russa pode piorar devido à saída de trabalhadores imigrantes, com um déficit na indústria da construção podendo crescer 36% este ano em comparação com 2022, disse Anton Glushkov, presidente da Associação Nacional de Construtores (NOSTROY), contou a agência de notícias Interfax na sexta-feira.
(Reportagem de Elena Fabrichnaya)