BRUXELAS (Reuters) - Quinze governos da União Europeia pediram nesta segunda-feira que o bloco acelere a conclusão de acordos de livre comércio para garantir o crescimento econômico no longo prazo e sua posição geopolítica no mundo.
Em uma carta ao Comissário de Comércio da UE, Valdis Dombrovskis, vista pela Reuters, 15 ministros de Economia, Relações Exteriores e de Comércio disseram que a guerra da Ucrânia e a pandemia da Covid-19 ressaltaram a necessidade de cadeias de abastecimento resilientes, parcerias estratégicas e comércio aberto.
Com diferentes poderes competindo por liderança e novas alianças, a UE precisa acelerar seu próprio impulso comercial. Um em cada sete empregos da UE depende do comércio, disseram os ministros.
A Parceria Econômica Regional Abrangente, o maior acordo comercial do mundo que inclui China, Japão e Austrália, entrou em vigor no início de 2022, pouco mais de um ano após ter sido assinado.
"Isto deveria ser um alerta para a Europa", disseram os ministros, acrescentando que a União Europeia está demorando demais.
Em 2019, a UE fechou um acordo com o bloco Mercosul, formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, mas o suspendeu devido a preocupações com o desmatamento da Amazônia. Um novo acordo com o México, a partir de 2018, ainda não foi submetido à aprovação da UE.
O bloco também está em conversações comerciais com Austrália, Nova Zelândia e Indonésia, e agora com a Índia.
Os diplomatas da UE dizem que a França, que detém a presidência rotativa de seis meses da UE, suspendeu as medidas para fechar acordos comerciais a fim de não perturbar as eleições presidenciais e legislativas.
A França nega que está atrasando os acordos.
(Reportagem de Philip Blenkinsop)