Tbilisi, 1 out (EFE).- Os países-membros da União Econômica Eurasiática (UEE), liderada pela Rússia e integrada também por Cazaquistão, Bielorrússia, Armênia e Quirguistão, assinaram nesta terça-feira um acordo de livre-comércio com Singapura.
Durante uma cúpula dos líderes da UEE, celebrada na capital da Armênia, Yerevan, o presidente cazaque, Kassym-Jomart Tokayev disse que Singapura "é o segundo país depois do Vietnã" com o qual o bloco assina este tipo de acordo.
Segundo a agência de notícias russa "RIA Novosti", o acordo foi assinado na presença dos líderes dos países da UEE e do primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong.
Tokayev enfatizou que, em meio a difíceis condições econômicas em nível global, é "fundamental mantermos um crescimento contínuo em nossos países" da UEE e que haja uma cooperação e integração reais que beneficiem todas as partes.
O presidente cazaque lamentou que, no primeiro semestre do ano, o comércio do bloco com países terceiros tenha caído 2% e que a troca de mercadorias dentro do próprio bloco tenha caído em mais de 5%, até US$ 28 bilhões, segundo entrevista divulgada pela agência russa "TASS".
Já o presidente da Rússia, Vladimir Putin, destacou durante a cúpula que a União começará em breve as negociações sobre a criação de uma área de livre-comércio com a Índia.
Ele também expressou o desejo dos líderes da UEE de que o acordo temporário que levará ao estabelecimento de uma área de livre-comércio com o Irã entre em vigor no final de outubro.
Além dos líderes da UEE e Singapura, participam da cúpula os da Maldávia - como Estado observador - e do Irã, como convidado de honra.
O presidente iraniano, Hassan Rohani, pediu aos empresários do bloco econômico que invistam na República Islâmica e aproveitem sua situação geográfica para o trânsito de bens da "Europa até a Ásia, do oeste para o leste e do norte para o sul".
O presidente moldávio, Igor Dodon, por sua vez, solicitou aos líderes da UEE que considerem um acordo de livre-comércio com a União Europeia, pois seria "um grande avanço na ideia de criar uma única Europa que vá desde Lisboa até Vladivostok".
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