Por Fabien Werner
MONTEVIDÉU (Reuters) - Os uruguaios saíram para votar neste domingo nas eleições gerais do país, com a coalizão progressista que governa há mais de 14 anos enfrentando seu desafio mais difícil de uma direita conservadora ressurgente.
A nação, famosa por suas exportações de carne bovina e indústria legal de cannabis, elegerá o presidente e o vice-presidente, além de membros da duas Casas do Congresso.
A votação continuará até as 19h30, com expectativa de uma disputa apertada.
Existem 11 candidatos na corrida presidencial do Uruguai no total. Os líderes das pesquisas --o engenheiro e ex-prefeito da capital Montevidéu Daniel Martínez, de 62 anos, da coalizão governista, e o advogado Luis Lacalle Pou, de 46 anos, representante da direita-- encerraram suas campanhas na quarta-feira com grandes comícios.
Se Lacalle Pou assumir o comando, o resultado poderá representar um novo revés para os esquerdistas na América do Sul após eleições recentes na região como a do Brasil.
No entanto, na vizinha Argentina, acredita-se que uma vitória da esquerda com Alberto Fernández sobre o presidente Mauricio Macri reequilibrará a balança.
Antes da eleição, Martínez estava com entre 40% e 43% de apoio nas pesquisas, enquanto Lacalle Pou estava em segundo lugar, com entre 25% e 28%.
Se nenhum candidato conseguir mais de 50% dos votos, os dois com mais votos disputarão um segundo turno no último domingo de novembro. Os candidatos que estavam em terceiro e quarto lugares nas pesquisas disseram que irão apoiar quem concorrer contra Martínez, potencialmente dando a Lacalle Pou um impulso no segundo turno.
Os resultados serão divulgados a partir das 21h deste domingo.