O Brasil registrou o marco de 93.927 carros elétricos vendidos em 2023, 91% a mais em relação ao consolidado de 2022, quando 49.245 veículos do tipo foram adquiridos. Os dados foram divulgados pela Abve (Associação Brasileira de Veículos Elétricos) na 4ª feira (3.jan.2024).
Só no último mês do ano, as vendas chegaram a 16.279 automóveis. Em comparação com dezembro do ano anterior, o valor representa uma alta de 191%.
Os carros do tipo plug-in foram 56% dos modelos adquiridos, o equivalente a 52.359 carros elétricos. Nesse tipo de veículo, a bateria conta com recarga externa. Os híbridos convencionais HEV e HEV Flex, que lideraram a categoria em 2022, foram superados pelo concorrente. Os 2 grupos tiveram, juntos, 41.568 automóveis vendidos.
O levantamento destaca, ainda, as marcas com maior saída no setor. No ranking das 3 mais bem colocadas estão, respectivamente, a japonesa Toyota (21.042) e as chinesas BYD (17.943) e Caoa Chery (11.835).
As vendas foram impulsionadas, principalmente, por um movimento de antecipação dos brasileiros. A partir de janeiro deste ano, começa a valer o Imposto de Importação sobre Elétricos, que começará em 12% no 1º mês de validade e crescerá até atingir 35% em 2026.
Mesmo com a chegada da nova carga tributária, a Abve estima que o produto continuará a crescer no país, principalmente com o início do novo programa do governo federal para o setor, o Mover (Mobilidade Verde e Inovação). A estimativa do Planalto é de que a iniciativa corte R$ 3 bilhões em impostos do segmento de mobilidade.
“O Mover vai permitir que as empresas preparem com mais clareza seus planos de investimento, tanto para veículos leves, quanto para veículos pesados, como ônibus e caminhões, e também para infraestrutura de recarga elétrica”, disse, em comunicado, Ricardo Bastos, presidente da associação.