PEQUIM (Reuters) - O presidente da China, Xi Jinping, e autoridades chinesas enviaram mensagens de condolências ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e outros após a morte do veterano diplomata norte-americano Henry Kissinger, informou o Ministério das Relações Exteriores da China nesta quinta-feira.
Kissinger, que visitou a China mais de 100 vezes e se reuniu pela última vez com Xi durante uma viagem surpresa a Pequim em julho, morreu na quarta-feira aos 100 anos, provocando luto generalizado entre os chineses nas redes sociais.
"O Dr. Kissinger era um bom e velho amigo do povo chinês. Ele é um pioneiro e construtor das relações sino-americanas", disse o porta-voz do ministério, Wang Wenbin, em uma coletiva de imprensa regular.
Kissinger fez contribuições "históricas" para a normalização das relações entre a China e os EUA, e o povo chinês se lembrará dele por sua "devoção sincera e importante contribuição", acrescentou Wang.
O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, também enviaram mensagens de condolências à família de Kissinger e ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, respectivamente, disse Wang na coletiva.
Kissinger acreditava que as relações entre a China e os EUA são vitais para a paz e a prosperidade dos dois países e do mundo em geral, disse Wang Wenbin.
"A China e os EUA devem levar adiante a visão estratégica, a coragem política e a sabedoria diplomática de Kissinger... e promover o desenvolvimento sólido, estável e sustentável das relações", disse ele.
Kissinger, que atuou como secretário de Estado e conselheiro de segurança nacional nos governos de Richard Nixon e Gerald Ford, visitou Pequim pela primeira vez em 1971, abrindo caminho para a abertura diplomática entre os dois países.
Sua morte foi amplamente lamentada pela mídia estatal chinesa e pelos usuários das redes sociais.
(Por Liz Lee, Ethan Wang e Nicoco Chan)