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Vieira diz esperar que acordo Mercosul-UE seja assinado "muito em breve"

Publicado 06.12.2023, 12:00
Atualizado 06.12.2023, 14:40
© Reuters. Reunião de ministros da Fazenda e chanceleres durante cúpula do Mercosul no Rio de Janeiro
06/12/2023
REUTERS/Pilar Olivares

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) -O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira que tem expectativa de que o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia seja selado em breve.

Em discurso durante a cúpula do Mercosul -- bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai --, o chanceler disse que os esforços nos últimos anos foram nessa direção. Na quinta-feira, a cúpula terá a presença dos quatro presidentes.

“Nossa expectativa é de poder assinar o acordo de associação muito em breve”, disse Vieira em discurso durante o encontro realizado nono Rio de Janeiro.

O chanceler frisou que as bases para a assinatura do acordo, aprovadas em 2019, passaram recentemente por ajustes e foram incluídos pontos e salvaguardas. O Brasil está encerrando o mandato temporário de presidência do Mercosul e considera o acordo comercial estratégico, destacou.

“Para o Mercosul, o acordo de associação com a União Europeia possui uma dimensão estratégica inequívoca. Com esse instrumento, estamos reforçando a identidade do nosso bloco como um ator econômico global”, disse.

"Também tivemos presente a necessidade de adaptar nossas economias ao novo contexto introduzido pelo acordo. A abertura comercial promovida pelo acordo Mercosul-União Europeia foi concebida e negociada para dar a nossos atores econômicos o tempo necessário para preparar-se", acrescentou.

Vieira ressaltou que "especialmente na etapa negociadora mais recente, tivemos o cuidado de ampliar as salvaguardas para a implementação dos compromissos assumidos no acordo”.

Havia a expectativa de que o encontro no Rio de Janeiro marcasse o anúncio de conclusão do acordo do bloco com a União Europeia, mas essa possibilidade ruiu nos últimos dias perante percalços maiores do que estavam sendo antecipados pelos negociadores.

No fim de semana, o presidente da França, Emanuel Macron, foi incisivo ao dizer que não concorda com o acordo e que ele está ultrapassado, na declaração mais forte contrária às negociações que deu até hoje.

Mas, de acordo com fontes ouvidas pela Reuters, o maior impedimento que surgiu foi de fato a intenção do atual governo argentino de não assinar o acordo já que um novo presidente, Javier Milei, assume o cargo no próximo domingo.

Em seu discurso de abertura do encontro, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que há um compromisso do bloco sul-americano e da União Europeia em torno de um entendimento sobre o acordo comercial.

“Quero também ressaltar os avanços importantes nas negociações entre Mercosul e União Europeia. Destaco os compromissos de ambos os lados em prol de um entendimento equilibrado no futuro próximo e a partir das bases sólidas que construímos nos últimos meses de engajamento intenso”, disse o vice-presidente.

CINGAPURA

Alckmin afirmou também que a assinatura de um acordo de livre comércio do Mercosul com Cingapura durante a cúpula será uma "porta de entrada" para os países sul-americanos na Ásia e na Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

© Reuters. Reunião de ministros da Fazenda e chanceleres durante cúpula do Mercosul no Rio de Janeiro
06/12/2023
REUTERS/Pilar Olivares

"Este será o primeiro acordo de livre comércio do Mercosul em mais de 10 anos e o primeiro com um país asiático. Essa integração fortalece os laços econômicos entre o Brasil, o Mercosul e a região asiática, criando oportunidades para maior diversificação das exportações e investimentos", disse Alckmin.

O acordo com Cingapura será assinado na quinta-feira.

(Edição de Pedro Fonseca e Alexandre Caverni)

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