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Israel avança em ofensiva e quase 200 palestinos morrem em 24 horas

Publicado 29.12.2023, 17:15
© Reuters. Palestinos reunidos em local de ataque isralense a casa em Rafah, no sul da Faixa de Gaza
29/12/2023
REUTERS/Fadi Shana

    Por Nidal al-Mughrabi e Arafat Barbakh    CAIRO/GAZA (Reuters) – Dezenas de milhares de palestinos buscaram refúgio nesta sexta-feira depois que tanques israelenses avançaram sobre o centro da Faixa de Gaza, e quase 200 pessoas morreram nas últimas 24 horas devido a bombardeios e ataques com artilharia no enclave.    Aviões israelenses atacaram o sul da Faixa de Gaza, derrubando casas e soterrando famílias enquanto elas dormiam, disseram moradores.    A nova leva de ataques causou mais um êxodo de pessoas que já tinham sido obrigadas a deixar as suas casas. Doze semanas depois de militantes do Hamas terem atacado cidades israelenses, matando 1.200 pessoas e tomando 240 reféns, grande parte da Faixa de Gaza está destruída.    Quase todos os 2,3 milhões de habitantes da região tiveram de deixar seus lares pelo menos uma vez e, agora, muitos deles estão novamente fugindo dos ataques.    Autoridades de saúde da Faixa de Gaza afirmaram que mais 187 palestinos morreram em bombardeios israelenses nas últimas 24 horas, levando o total de mortos a 21.507, cerca de 1% de toda a população do enclave. Milhares de outros corpos podem estar soterrados nas ruínas de bairros inteiros que foram dizimados.    Em Rafah, no sul, jornalistas da Reuters estiveram no local de um ataque aéreo que destruiu um prédio e viram a cabeça de uma criança que estava soterrada e à mostra nos escombros.    Sanad Abu Tabet, um vizinho, afirmou que o sobrado estava cheio de desabrigados. Pela manhã, parentes foram recolher os cadáveres e os colocaram enrolados em mortalhas brancas. Um homem afastou o tecido para acariciar o rosto de uma criança morta.    “Sofremos muito. Ficamos a noite toda sem abrigo, sob chuva e estava frio. Estávamos com nossas crianças e uma idosa”, disse Um Hamdi, uma mulher que cozinhava um mingau sobre uma fogueira, cercada por crianças.    Ali perto, Abdel Nasser Awadallah estava em uma estrutura de madeira que receberia plástico para fazer uma tenda. Ele falou da família que havia perdido.    "Eu enterrei meus filhos - uma criança de 16 anos, outra de 18. É algo que realmente não consigo acreditar, enterrei meus filhos às 6 da manhã enquanto seus corpos ainda estavam quentes. Também meu sobrinho, ele tinha 2 anos, e eu o enterrei. Enterrei a minha esposa", relatou. “Nunca pensei na minha vida que enterraria meus filhos, pensei que eles é que iriam me enterrar”.    Mas nem a fuga é capaz de garantir a segurança das pessoas. Médicos e moradores afirmaram que um bombardeio israelense também matou dois palestinos no campo de refugiados de Al-Maghazi, no centro da Faixa de Gaza.    Israel afirma que está fazendo o que pode para evitar baixas civis, mas o alto número de mortos tem causado preocupação até em seus aliados mais próximos. Os Estados Unidos pediram um arrefecimento da ofensiva nas próximas semanas, e que a guerra se torne focada em operações para atingir líderes do Hamas. Até agora, contudo, Israel não deu sinais de que aderirá a esse plano.    O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que as tropas estão se aproximando dos centros de comando e depósitos de armas do Hamas: “Nossas operações são essenciais para atingir os objetivos da guerra. Vemos os resultados e a destruição das forças inimigas”.    Israel afirma que continuará sua ofensiva até que aniquile o Hamas, que prometeu destruir Israel. Os palestinos alegam que erradicar o grupo militante é uma meta inatingível, por causa de sua estrutura difusa e suas raízes em um território que governa desde 2007.    (Reportagem de Nidal al-Mughrabi no Cairo, Arafat Barbakh em Gaza)

© Reuters. Palestinos reunidos em local de ataque isralense a casa em Rafah, no sul da Faixa de Gaza
29/12/2023
REUTERS/Fadi Shana

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