BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta quarta-feira com o emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, sobre o conflito entre Israel e palestinos na Faixa de Gaza, ocasião em que manifestou preocupação com a situação de brasileiros que ainda aguardam a abertura de fronteira com o Egito para deixarem a região.
O Catar foi um dos países envolvidos na negociação pela liberação das primeiras quatro reféns pelo grupo militante Hamas, papel considerado "relevante" pelo presidente na conversa em que também reafirmou a necessidade de abertura de um corredor humanitário e da libertação de todos os reféns.
"Conversei com Tamim bin Hamad al-Thani, emir do Catar, sobre o conflito na Faixa de Gaza. Falamos da importância do corredor humanitário e liberação dos reféns. É urgente um cessar-fogo para que crianças não percam suas vidas nesse conflito", publicou Lula na rede social X, antigo Twitter.
Nota divulgada pelo Palácio do Planalto afirma que o presidente também prestou elogios à atuação do Catar nas tentativas de mediação entre Israel e o Hamas.
"Brasil e Catar coincidem sobre uma solução de dois Estados, Israel e Palestina, convivendo juntos e em paz", diz a nota, informando que os dois países ressaltaram a necessidade de um cessar-fogo, além de terem manifestado preocupação com "os perigos de uma escalada no conflito, que precisa ser evitada".
Sobre os brasileiros na Faixa de Gaza que aguardam repatriação, Lula comentou o plano de retirada elaborado pelo governo brasileiro, que está de prontidão, "com aeronave presidencial posicionada no Cairo", e previsão de "acolhimento na volta ao Brasil".
A conversa com o emir catari soma-se às demais interlocuções do presidente com outros líderes da região, incluindo os presidentes de Israel, Isaac Herzog; da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas; do Irã, Ebrahim Raisi, e do Egito, Abdel Fattah el-Sisi; além dos mandatários da Turquia, Tayyip Erdogan; da França, Emmanuel Macron; da Rússia, Vladimir Putin; dos Emirados Árabes, Mohammed bin Zayed Al Nahyan, e do Conselho Europeu, Charles Michel.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)