WASHINGTON (Reuters) - O presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou na terça-feira que os Estados Unidos, e não a China, têm que escrever as regras comerciais para a Ásia e convocou o Congresso a dar à Casa Branca mais liberdade para fechar acordos comerciais.
Obama afirmou que se a China prevalecer, os trabalhadores e empresas norte-americanas ficarão em desvantagem.
"É por isso que estou pedindo a ambos os partidos para me dar autoridade de promoção comercial para proteger os trabalhadores norte-americanos , com novos acordos comerciais fortes da Ásia à Europa que não sejam apenas livres, mas justos", disse ele no discurso do Estado da União.
A China não faz parte da Parceria Trans-Pacífico que os EUA estão negociando com 11 outros parceiros comerciais, cujo objetivo é determinar padrões comuns sobre questões como direitos de trabalhadores e ambiente, bem como redução de barreiras comerciais.
O gigante asiático, em vez disso, busca um progresso mais rápido de um pacto comercial com o bloco mais amplo Cooperação Econômica Ásia Pacífico.
Questionado sobre as declarações de Obama, o Ministério das Relações Exteriores da China informou na quarta-feira que o país está disposto a trabalhar com os EUA para resolver problemas comerciais.
"Esperamos que cada lado possa apresentar esforços para fornecer um ambiente de investimento e comércio aberto e transparente, e trabalhar de forma conjunta para fazer contribuições à melhora das regras de investimento global", disse a porta-voz do ministério Hua Chunying.
(Reportagem de Krista Hughes, reportagem adicional de Julia Edwards)