SÃO PAULO (Reuters) - A Argentina ainda é o grande parceiro comercial da indústria automotiva do Brasil, mas seu percentual de participação nas exportações brasileiras está diminuindo este ano porque outros países vizinhos estão comprando mais veículos, disse nesta terça-feira o presidente da associação de montadoras, Antonio Megale.
Ele afirmou que o mercado interno argentino sinaliza uma demanda "bastante expressiva" de 800 mil a 900 mil unidades em 2017, mas destacou que Chile e Colômbia, por exemplo, aumentaram muito as compras.
"Só para o Chile as exportações aumentaram mais de 200 por cento (no acumulado de janeiro a maio)", ressaltou. Ele atribui o crescimento ao câmbio favorável e também ao Inovar Auto, que "trouxe melhora técnica em produtos fabricados no Brasil".
No caso do mercado colombiano, o presidente da Anfavea observou que a indústria brasileira atualmente responde por 6 a 7 por cento da demanda por veículos, mas tem potencial de elevar essa participação para 15 a 20 por cento. "Só dependemos da assinatura do acordo (automotivo) por parte dos colombianos. É uma questão burocrática", afirmou Megale.
No acumulado deste ano, as exportações de veículos para Colômbia acumulam alta de 63 por cento, de acordo com ele.
(Por Gabriela Mello)