SÃO PAULO (Reuters) - Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) seguiram em queda em maio, e um dado antecedente apontou que a queda pode se intensificar ao longo do ano.
O banco de fomento informou nesta terça-feira que concedeu 27,7 bilhões de reais em crédito nos primeiros cinco meses do ano, um recuo 13 por cento na comparação anual, puxado por menores concessões para a indústria (34 por cento).
Por um lado, os números mostram que o ritmo de queda dos desembolsos vem diminuindo. Em 12 meses até maio, o recuo nos empréstimos foi de 26 por cento. Por outro, desconstroem a leitura do próprio BNDES, de que o movimento indica sinais de recuperação da economia.
Isso porque as aprovações de crédito, etapa imediatamente anterior aos desembolsos, caíram 32 por cento nos primeiros cinco meses de 2017, para 24,3 bilhões de reais. As consultas, primeira etapa do processo de tomada de crédito no banco, caíram 22 por cento na mesma comparação intertemporal, enquanto os enquadramentos recuaram 21 por cento.
INDÚSTRIA E COMÉRCIO
Entre os sucessores da indústria que tiveram maiores quedas nos desembolsos no ano até maio, estiveram a extrativa (-86 por cento), a de celulose e papel (-58 por cento), a mecânica (-52 por cento) e a de metalurgia e produtos (-51 por cento).
Na coluna comércio e serviços, a queda nos desembolsos do BNDES foi de 14 por cento. O setor agropecurário teve estabilidade e a infraestrutura apontou baixa de 1 por cento.
(Por Aluísio Alves)