Investing.com - Preços do petróleo mantinham perdas nesta quarta-feira após dados da Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) mostrarem que os estoques domésticos de petróleo bruto tiveram aumento pela primeira vez em cinco semanas, mas os estoques de gasolina e destilados tiveram forte redução.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate recuavam US$ 0,21, ou cerca de 0,4%, com o barril negociado a US$ 52,24 às 12h40. Os preços estavam em torno de US$ 52,30 antes da divulgação dos dados dos estoques.
Além disso, o petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, avançava US$ 0,24, ou cerca de 0,4%, para US$ 58,57 o barril.
A EIA afirmou em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto tiveram aumento de 856.000 barris na semana que se encerrou em 22 de outubro.
Isso se compara às expectativas dos analistas de redução em torno de 2,6 milhões de barris, ao passo que o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) informou, na terça-feira, um aumento de 519.000 barris nos estoques.
O estoque em Cushing, Oklahoma, o principal ponto de entrega para o petróleo bruto da Nymex, teve redução de 237.00 barris barris na última semana, informou a EIA.
O total dos estoques de petróleo bruto nos EUA ficou em 457,3 milhões de barris na semana passada, o que a EIA considera estar na metade superior da faixa média para esta altura do ano.
O relatório também mostrou que os estoques de gasolina tiveram redução de 5,5 milhão de barris, frustrando expectativas de redução de 17.000 barris. No caso de estoques de destilados, incluindo diesel, a EIA relatou uma diminuição de 5,2 milhão de barris.
Os preços do petróleo subiram na terça-feira, já que a Arábia Saudita reiterou a promessa de ajudar a equilibrar o mercado global de petróleo e a turbulência geopolítica ameaçava os estoques globais.
Houve ainda mais impulso devido a expectativas de que grandes produtores mundiais estenderão o pacto de cortes na produção além de sua data final atual, que seria o próximo mês de março.
O acordo original, realizado há quase um ano entre a OPEP e outros 10 países externos à organização liderados pela Rússia, era de cortar 1,8 milhão de barris de petróleo por dia durante seis meses. O acordo foi estendido em maio desse ano por um período de nove meses até março de 2018 em uma aposta de reduzir os estoques mundiais e dar sustentação aos preços do petróleo.
Em outras negociações do setor de energia nesta quarta-feira, contratos futuros de gasolina recuavam US$ 0,003 para US$ 1,736 o galão, o óleo de aquecimento avançava US$ 0,009 para US$ 1,831 o galão enquanto os contratos futuros de gás natural recuavam US$ 0,022 e eram negociados a US$ 2,952 por milhão de unidades térmicas britânicas.