👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Moody's lança advertência e rebaixa classificação da Venezuela

Publicado 13.01.2015, 21:37
Moody's lança advertência e rebaixa classificação da Venezuela

Caracas, 13 jan (EFE).- A Venezuela está à espera do plano econômico anunciado pelo presidente Nicolás Maduro para encarar uma crise que pode provocar a falta de pagamento dos títulos da dívida, advertiu nesta terça-feira a agência qualificadora de risco Moody's.

A agência de classificação de risco rebaixou dois graus (de Caa1 para Caa3) os bônus venezuelanos após avaliar que o risco de falta de pagamento do país aumentou "substancialmente".

Caso A Venezuela efetivamente caia "em default" (falta de pagamento), as perdas dos credores superariam 50% de seus instrumentos de dívida, calculou.

A queda dos preços do petróleo, "sustentada e dramática para a economia da Venezuela", segundo a Moody's, "afetará negativamente o balanço de pagamentos e neutralizará amplamente os benefícios potenciais de futuros fluxos de investimentos estrangeiros".

O rebaixamento da qualificação da Moody's coincide com a viagem internacional de Maduro em busca de investimentos, e também do que chamou dinheiro "constante e ressonante", para apoiar a arrecadação interna para o plano de "recuperação econômica" que anunciou há três semanas.

Na China ele obteve US$ 20 bilhões em dinheiro, e no Catar conseguiu que "grandes bancos forneçam oxigênio suficiente" para cobrir as perdas derivadas da queda dos preços do petróleo, antecipou Maduro.

"Há vozes por aí agoureiras que dizem que a guerra do petróleo se manterá por dois anos. Se durar dois anos, nós temos força para continuar o ritmo deste combate. Se for por quatro anos, também temos", discursou o presidente venezuelano.

Além de China, Arábia Saudita e Catar, a viagem iniciada na semana passada o levou a Rússia, Irã e Argélia, algumas delas associadas à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) ode busca coordenar políticas para recuperar os preços da matéria-prima.

Mês passado foi a agência britânico-americana Fitch Ratings que rebaixou a qualificação da dívida venezuelana, de "B" para "CCC", dada a "limitação" do país em responder à queda do preço do petróleo e seu nível "relativamente baixo" de reservas monetárias.

O preço de venda do barril do petróleo venezuelano fechou na sexta-feira em US$ 42,44, e o nível de suas reservas internacionais é de pouco mais de US$ 21,4 bilhões.

O grau "CCC" da Fitch considera que o risco de "default" venezuelano é uma "possibilidade real", na mesma linha da Moody's hoje.

Maduro acusa estas agências de risco de pôr à Venezuela como o pior país do mundo para investir, inclusive com mais riscos que nações em guerra como a Ucrânia, unicamente por "causas políticas".

Moody's rebaixou a qualificação de "B2" a "Caa1" há um ano e desde então advertiu sobre um "notório aumento" do risco de colapso econômico e financeiro da Venezuela.

Isso, segundo a agência, por "desequilíbrios macroeconômicos cada vez mais insustentáveis, que incluem uma inflação muito elevada e uma marcada desvalorização da taxa de câmbio paralelo".

O dólar paralelo, fora da cotação oficial estabelecida de 6,3 bolívares para cada US$1, alcança quase 180 bolívares, preço que pagam "só os estúpidos", disse Maduro há uma semana.

O plano de "recuperação econômica" anunciado pelo presidente pretende acabar com esse mercado especulativo, o que ele confirmará quando retornar ao país e detalhar seu conteúdo, embora já tenha antecipado que inclui um novo sistema cambial e uma reforma tributária.

O anúncio de Maduro foi feito depois de o Banco Central divulgar que a economia venezuelana se contraiu nos três trimestres de 2014 e a inflação acumulada entre novembro de 2013 e novembro de 2014 foi de 63%.

A exportação de petróleo é responsável por US$ 9 de cada US$ 10 que entram no país, divisas administradas desde 2003 pelo Estado, através de três taxas de câmbio, uma de 6,3 bolívares por dólar, outra que oscila e atualmente é o dobro da primeira e uma terceira onde a cotação também varia e que atualmente é de 51 bolívares.

Analistas especulam que o novo plano de Maduro incluirá uma "unificação cambial".

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.